Tecnologia e biossegurança avançam para tornar o diagnóstico e o tratamento oncológico mais eficazes e seguros
No Dia Mundial Contra o Câncer, celebrado em 4 de fevereiro, profissionais da
saúde e especialistas reforçam a importância dos exames de imagem como aliados indispensáveis
no combate à doença. Esses exames desempenham um papel essencial em todas as
fases do cuidado oncológico, desde o diagnóstico inicial até a avaliação da
resposta ao tratamento, passando pela detecção de metástases e pelo
acompanhamento da progressão da doença.
Entre as tecnologias mais utilizadas estão a Tomografia Computadorizada (TC) e
a Ressonância Magnética (RM). Esses métodos oferecem alta sensibilidade e
especificidade, permitindo uma avaliação detalhada de múltiplos órgãos e
sistemas. Estudos, como o conduzido por Alessandro Pereira dos Santos (2020),
destacam que o uso subsequente de contrastes iodados e à base de gadolínio em
pacientes oncológicos têm mostrado segurança em termos de função renal, quando
realizados com critérios rigorosos de controle.
A tecnologia a serviço da saúde e da biossegurança
Além dos exames propriamente ditos, o uso de injetoras de contrastes e
conectores específicos é indispensável para a realização segura dos
procedimentos. Nesse contexto, dispositivos multipacientes têm ganhado espaço,
mas exigem cuidados rigorosos de biossegurança. De acordo com a Dra. Marcela
Padilha, Coordenadora de Desenvolvimento de Produtos e Suporte Clínico da Alko
do Brasil – empresa especializada em medicamentos e produtos médicos para
diagnósticos por imagem, atendendo hospitais, clínicas e o setor farmacêutico –
estudos publicados, como o de Azevedo et al. (2020), comprovam que conectores
multipacientes, quando manuseados conforme protocolos específicos, não
apresentam risco de contaminação bacteriológica.
"Os conectores multipacientes precisam seguir padrões bem definidos e
regulamentações da Anvisa, como as Resoluções de Diretoria Colegiada (RDC),
além de serem respaldados por evidências científicas concretas", explica a
Dra. Marcela. O estudo citado avaliou a biossegurança de válvulas antirrefluxo
em sistemas de infusão, destacando sua eficácia na prevenção de contaminações.
Regulamentações e a responsabilidade dos serviços de saúde
A utilização segura de dispositivos médicos, como o Transfer-Fill e o
Patient-Set, em pacientes oncológicos requer não apenas o registro adequado na
Anvisa, mas também treinamento técnico e adoção de protocolos baseados em
evidências científicas. "Instituições de saúde devem garantir que todos os
conectores multipacientes acoplados a equipamentos sejam utilizados conforme as
instruções dos fabricantes e as normas vigentes", reforça a especialista.
Além disso, a adoção de conectores multipacientes , também contribui para a
sustentabilidade dos serviços de saúde, desde que respeitem critérios de
qualidade e segurança. Como apontado por Azevedo (2018), a eficácia desses
dispositivos depende diretamente da aplicação correta dos protocolos de
biossegurança, protegendo tanto os pacientes quanto os profissionais de saúde.
Exames de imagem como pilar da luta contra o câncer
Neste Dia Mundial Contra o Câncer, a mensagem é clara: o avanço tecnológico
deve caminhar ao lado da biossegurança e do cuidado humanizado. Os exames de
imagem não apenas auxiliam no diagnóstico precoce, como também oferecem
informações cruciais para o planejamento e monitoramento dos tratamentos.
Estudos, como os mencionados, reforçam o impacto positivo que a integração
entre ciência e prática clínica pode ter na luta contra o câncer.
Com um olhar atento às regulamentações e à capacitação das equipes, o setor de
saúde avança no enfrentamento do câncer, reafirmando que a prevenção e o
diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas nessa batalha.
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