A Síndrome HELLP é uma complicação grave da pré-eclâmpsia, podendo colocar em risco tanto a vida da mãe quanto a do bebê. O acompanhamento pré-natal rigoroso pode fazer a diferença
A recente e triste notícia do falecimento da filha da cantora Lexa devido à
Síndrome HELLP e pré-eclâmpsia trouxe à tona a gravidade dessas condições
obstétricas. A Síndrome HELLP é uma complicação severa da pré-eclâmpsia,
podendo levar a riscos maternos e fetais significativos.
A
Dra. Paula Beatriz Fettback Ginecologista e Obstetra Especialista em Reprodução
Humana explica: "A Síndrome HELLP é uma complicação grave associada à
evolução de um quadro severo de hipertensão durante a gravidez (pré-eclâmpsia).
Trata-se de um dos quadros de maior morbimortalidade materno-fetal,
caracterizado por destruição de células sanguíneas (hemólise), comprometimento
do fígado com consequente elevação das enzimas hepáticas e baixa contagem de
plaquetas, estas responsáveis pelo processo de coagulação do sangue."
Embora
qualquer gestante possa desenvolver a Síndrome HELLP, alguns fatores aumentam a
propensão para a doença. A enfermeira obstetra Cinthia Calsinski explica:
"Sim, alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolver a Síndrome
HELLP, como histórico de pré-eclâmpsia ou hipertensão gestacional, idade
materna acima de 35 anos, gestação gemelar, obesidade, diabetes, doenças
autoimunes ou trombofilias."
Infelizmente,
não há uma forma garantida de prevenir a Síndrome HELLP. No entanto, algumas
estratégias podem reduzir os riscos. A Dra. Paula Beatriz Fettback destaca:
"Ainda não existem meios de se prevenir e identificar efetivamente quais
mulheres poderão evoluir com a Síndrome HELLP durante a gestação. Desta forma,
uma assistência pré-natal rigorosa e consultas mais frequentes podem ser uma
boa alternativa em mulheres com fatores de risco. Acompanhamento rigoroso e
especializado através de ultrassom obstétrico com doppler e uso profilático de
aspirina em baixas doses são medidas que podem ser adotadas."
Cinthia
Calsinski complementa: "Não há uma forma garantida de prevenção, mas
algumas medidas podem reduzir o risco, como acompanhamento pré-natal rigoroso,
controle adequado da pressão arterial, alimentação equilibrada e hábitos
saudáveis."
A
ginecologista especialista em reprodução assistida, Dra. Karina Tafner,
esclarece: "A Síndrome HELLP é uma complicação grave e rara da
pré-eclâmpsia, que pode ocorrer durante a gravidez ou no período pós-parto. Ela
é considerada uma importante causa de morbimortalidade perinatal, seja
diretamente, via restrição do crescimento intrauterino, ou indiretamente, por
meio de associação com o descolamento de placenta e necessidade de parto
pré-termo."
Ela
ainda alerta: "A taxa de prematuridade é de aproximadamente 70%, o que
leva a complicações neonatais como baixo peso ao nascer, síndrome do
desconforto respiratório, pneumonia, displasia bronco-pulmonar, hemorragia
intracraniana e enterocolite necrotizante. A sobrevida varia principalmente de
acordo com o grau de prematuridade durante o parto, além da intervenção precoce
materno-fetal durante a abertura do quadro."
A
Síndrome HELLP é uma complicação rara, mas extremamente grave da gravidez,
exigindo diagnóstico rápido e intervenção adequada. A atenção médica
especializada e um pré-natal bem acompanhado são fundamentais para garantir a
segurança da mãe e do bebê.
Dra. Paula Fettback - CRM 117477 SP - CRM 33084 PR - Possui graduação em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina - UEL (2004). Residência médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP- 2007). Atua em Ginecologia e Obstetrícia com ênfase em Reprodução Humana. Estágio em Reprodução Humana na Universidade de Michigan - USA. Médica colaboradora do Centro de Reprodução Humana Mário Covas do HC-FMUSP (2016). Doutora em Ciências Médicas pela Disciplina de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).Membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM - 2016). Médica da Clínica MAE São Paulo – SP. Título de Especialista em Reprodução Assistida Certificada pela Febrasgo (2020).
Dra Karina Tafner - CRM:118066 - @drakarinatafner - Especialista em Gineoclogia e Obstetrícia pela Santa Casa de São Paulo. Especialização em Ginecologia Endocrinologica e Reprodução Assistida pela Santa Casa de São Paulo. Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Febrasgo. Título de Especialista em Reprodução Assistida pela Febrasgo. Livre docente da Pós graduação de reprodução assistida da Sociedade paulista de medicina reprodutiva e da Santa Casa de SP. Sócia Fundadora da Clínica FIVSP. Há 15 anos atuando na área de ginecologia e reprodução assistida.
Cinthia Calsinski Enfermeira Obstetra - Enfermeira Graduada pela Universidade Federal de São Paulo-Unifesp. Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo-Unifesp. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo-Unifesp. Enfermeira Obstetra pelo Centro Universitário São Camilo. Consultora do Sono Materno-Infantil formada pelo International Maternity e Parenting Institute (IMPI). Consultora Internacional de Lactação – IBCLC. Educadora Parental.
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