Em um mercado altamente conectado, a tecnologia se
tornou uma ferramenta preciosa no marketing, sendo assumida como forma de
melhorar o desempenho das campanhas e a conquista de melhores resultados. Por
mais que contar com este apoio traga, de fato, retornos bastante positivos,
eles apenas funcionarão até certo ponto, dificilmente atingindo um verdadeiro
‘estouro’ à marca. Afinal, muito mais do que adotar recursos tecnológicos
robustos, é preciso uni-los a estratégias criativas e inovadoras que
potencializem esses resultados rumo à prosperidade da empresa.
Desde o surgimento da IA generativa com o
lançamento público do ChatGPT, em 2022, a forma de se conseguir “grandes
ideias” se tornou uma atividade banal. Basta que seja escrito um prompt e a
inteligência te oferta vários temas que podem ser utilizados nos criativos de
campanhas para almejar conversar com os públicos de interesse. Isso fez com
que, segundo uma pesquisa divulgada na Opinion Box, 94% das empresas
direcionassem seu planejamento ao marketing digital visando o crescimento da
marca.
Apesar disso, é necessário pontuar que essas
respostas são dadas para qualquer indivíduo que escreva um prompt ou
solicitação parecida, e esse é o problema que vem junto com a otimização do
trabalho criativo através da dependência extrema em ferramentas. Ao delegar
quase toda essa responsabilidade à IA, movimento que costuma decorrer muito em
nome da “eficiência acima de tudo”, ela acaba por sugerir ideias parecidas para
trabalhos em que a criatividade é o destaque e o hook (gancho) natural para
conseguir a atenção do público.
Isso não descarta, contudo, a utilização da
inteligência artificial generativa dentro do campo de marketing, uma vez que
ela pode ajudar os profissionais a aprimorarem ainda mais seu processo criativo.
Como essa tecnologia não possui uma história única por trás de si, com momentos
icônicos e observações do nosso mundo e dia a dia que podem ser transfiguradas
em um insight interessante para assets, a ajuda humana com a
criatividade e ponto de vista pessoal sobre algo pode trazer conteúdos muito
mais valiosos para as marcas que os profissionais estão representando quando
fazem seu trabalho.
A partir desse ponto, trabalhar em dupla com os
softwares de inteligência realmente se torna um empurrão fortalecedor na
questão de refinamento do conteúdo bruto que as pessoas trazem, preenchendo um
gap de perspectivas e experiências pessoais que a IA deixa a desejar, algo
fundamental, por exemplo, para um trabalho de SEO, onde o EEAT (experiência,
expertise, autoridade e confiança) são pontos cruciais para facilitar uma
colocação orgânica entre as primeiras posições de pesquisa no Google.
Na prática, após uma campanha robusta e estimulante
ter sido originada, aqui, sim, entram – e com razão – as ferramentas de
inteligência artificial e machine learning que são conhecidas há
décadas. Para lidar com tantos dados que as campanhas digitais proporcionam,
assistências de máquinas para o resumo das principais informações e suas
métricas são de extrema importância para poderem apresentar à equipe pontos que
podem ser reforçados, assim como insights e relatórios emitidos em tempo real
que embasem as futuras tomadas de decisões.
Quando há um verdadeiro trabalho em equipe entre a
criatividade peculiar do lado humano, e a eficiência proporcionada pela IA e
sua extrema força de entendimento de dados, é possível formar um time com uma
maior capacidade inovadora e equipada para lidar com otimizações e personalizações
em escala massiva – algo que o marketing, certamente, pode se beneficiar a
longo prazo.
Renan Cardarello - CEO da iOBEE - Agência de Marketing Digital e Assessoria.
iOBEE
https://iobee.com.br/
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