quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Como aproveitar o Carnaval sem se expor ao risco das ISTs

Infectologista do Sabin indica vacinas, testes, preservativos e medidas simples que garantem a segurança dos foliões 

 

O Carnaval é período de diversão, interações sociais e muita paquera. Alguns foliões também aproveitam o período para consumir bebidas alcoólicas em excesso e outras drogas psicoativas, que afetam a consciência, e para ter relações sexuais, algumas vezes, sem a proteção adequada. A junção desses fatores, de acordo com o médico infectologista e consultor do Sabin Diagnóstico e Saúde, Claudilson Bastos, pode contribuir, de forma significativa, para o aumento de casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). 

“A mistura de álcool e outras drogas com relações sexuais desprotegidas é preocupante”, afirma o médico infectologista e consultor do Sabin Diagnóstico e Saúde, Claudilson Bastos. “Favorece o crescimento do contágio pelas infecções sexualmente transmissíveis entre os foliões, a exemplo da sífilis, HIV, Mpox, herpes genital, hepatites virais e HPV”, alerta. 

O infectologista chama atenção também para o fato de as ISTs terem período de incubação, quando os sintomas não são aparentes. “As infecções aparecem alguns dias e até mesmo algumas semanas depois. Por isso, é extremamente importante cuidar da sua saúde e procurar uma unidade médica ao aparecer os primeiros sintomas”, explica. 

Entre as recomendações básicas, o médico orienta evitar drogas ilícitas, mas, caso usá-las não compartilhar seringas, buscar um consumo moderado de bebidas alcoólicas, especialmente durante as festas, e utilizar preservativos em todos os tipos de relações sexuais (oral, anal e vaginal). Além destas, há outras informações destacadas pelo especialista:

 

  • Prevenção ao HIV

Bastos destaca que o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza, mediante orientação médica, a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) como forma de prevenir o contágio. A medicação garante mais de 90% de segurança e consiste na utilização diária de uma combinação de dois antirretrovirais (tenofovir + entricitabina).

 

  • Urgências contra o HIV e outras ISTs

Participou de uma relação sexual desprotegida? Hospitais públicos e privados oferecem o medicamento anti-HIV para urgências, a PEP (Profilaxia Pós-Exposição de Risco à Infecção pelo HIV, ISTs e hepatites virais). Ele deve ser usado nas duas primeiras horas depois da exposição de risco. O tratamento dura 28 dias.

 

  • Hepatite B, HPV e Mpox

Para prevenir a hepatite B e HPV, o médico do Sabin esclarece que há vacinas altamente eficientes e seguras disponibilizadas nas redes públicas e privadas. A imunização contra a Mpox, pode ser transmitida no contato físico próximo com alguém, também está possível no SUS para grupos prioritários.

 

  • Muita camisinha e testes

“Durante o Carnaval, o SUS realiza a distribuição de camisinhas masculina e feminina para os foliões como forma de evitar o contágio por ISTs, assim como disponibiliza locais para testagens em larga escala. Por isso, recomendo que as pessoas façam o uso do preservativo e os testes para descobrir se já têm alguma infecção sexualmente transmissível. Dessa forma, é possível iniciar o tratamento adequado e evitar a proliferação e o agravamento dos sintomas”, orienta Claudilson Bastos.

 



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