quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Acréscimo de imunoterapia e terapia-alvo ao tratamento de câncer de ovário aumenta a sobrevida livre da progressão da doença

Resultado consta de estudo apresentado neste sábado (22) no ESGO 2025 - Congresso da Sociedade Europeia de Ginecologia Oncológica, realizado em Roma.

 

O câncer de ovário é o terceiro tipo de tumor ginecológico mais comum nas mulheres. Mais de 90% dos casos ocorrem no epitélio, tecido que recobre os ovários. Um estudo apresentado neste sábado (22) pelo professor Ignace Vergote, da Universidade de Leuven, na Suíça, mostrou que tratamento com o imunoterápico pembrolizumabe combinado com a quimioterapia, seguido da manutenção com pembrolizumabe e a terapia-alvo olaparibe aumentaram a progressão livre da doença em mulheres com câncer de ovário avançado em comparação com a quimioterapia isolada. O aumento foi de aproximadamente oito meses. 

“A imunoterapia ainda não é uma realidade no câncer de ovário. Vários estudos foram negativos com a adição da imunoterapia. Porém, juntamente com o estudo DUO-O, esse estudo demonstrou que a imunoterapia associada a olaparibe pode ser benéfica em determinada população com câncer de ovário sem mutação do gene BRCA”, afirma o oncologista Eduardo Paulino, da Oncologia D’Or.


O estudo

A pesquisa envolveu 1.367 pacientes com câncer de ovário em estágios 3 e 4, que não apresentavam mutação do gene BRCA 1 e 2. Elas foram divididas em três grupos. Formado por 454 mulheres, o grupo controle recebeu placebo associado à quimioterapia, seguido de placebo. No segundo grupo, foram administrados quimioterapia e imunoterapia para 458 pacientes, seguido de imunoterapia e placebo. As 455 participantes do terceiro grupo receberam quimioterapia e imunoterapia, seguido de imunoterapia combinada à terapia-alvo. Os medicamentos foram dados após um ciclo inicial de quimioterapia 

Após acompanhar as participantes por 25,9 meses, os pesquisadores observaram que a progressão livre da doença no terceiro grupo foi maior no que no grupo controle. O benefício foi observado neste grupo até a análise final, feita após um acompanhamento de 39,8 meses. As taxas de eventos adversos relacionados ao tratamento para câncer avançado foram de 65,7% no primeiro grupo, 55,9% no segundo e 51,1% no grupo controle. 

 

Oncologia D'Or


Nenhum comentário:

Postar um comentário