segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

5 Dicas Essenciais para uma Boa Adaptação Escolar

A mudança de escola pode ser desafiadora para crianças e pais. A pediatra Dra. Anna Bohn compartilha estratégias para tornar esse processo mais seguro e tranquilo, garantindo uma transição leve e acolhedora
 

A entrada ou mudança de escola é um momento de grande impacto na infância, trazendo desafios tanto para as crianças quanto para os pais. A nova rotina escolar envolve mudanças em ambientes, professores, colegas e até mesmo cheiros e sensações. Essa transição, se bem conduzida, pode ser mais leve e tranquila. Para isso, a pediatra Dra. Anna Bohn, membro da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), compartilha estratégias para tornar esse período mais ameno e seguro para toda a família.



1.Tenha segurança na decisão 

A escolha da escola deve ser feita com confiança. É fundamental que os pais sintam que o ambiente escolar está alinhado com seus valores e que transmite segurança e acolhimento. Esse sentimento de conexão será percebido pela criança, facilitando sua adaptação, especialmente para aquelas com menos de dois anos, que necessitam de uma figura de referência confiável na escola.


2. Ofereça um símbolo de segurança 

Objetos de apego, como uma naninha, um paninho ou um brinquedo preferido, ajudam a criança a se sentir mais segura em um ambiente novo. Esses itens trazem conforto emocional e facilitam a transição entre casa e escola. A escola deve incentivar e permitir o uso desses objetos durante o período de adaptação.


3. Despeça-se de forma breve 

Nos primeiros dias de adaptação, a presença dos pais pode ser necessária. No entanto, uma vez passado esse período inicial, as despedidas devem ser rápidas e tranquilas. Prolongar a despedida pode aumentar a ansiedade da criança e tornar o processo mais difícil. O ideal é transmitir segurança ao se despedir e confiar que ela ficará bem.


4. Estabeleça uma rotina previsível 

A previsibilidade dá segurança à criança. Explique antecipadamente como será o dia: onde ela ficará, quem irá buscá-la e qual será a rotina. Reforçar essas informações de forma consistente ajuda na construção de um ambiente previsível e seguro, reduzindo o impacto da mudança.


5. Crie conexões entre casa e escola 

Conversar sobre o que a criança fez na escola fortalece a relação entre os dois ambientes e reforça o senso de pertencimento. Perguntas simples como "O que você brincou hoje?" ou "Qual foi a história do dia?" ajudam a criança a entender que os pais também fazem parte desse novo universo, tornando a experiência mais natural e integrada. 

Por fim, a Dra. Anna reforça que a adaptação escolar não precisa ser um processo angustiante. "Se a criança chora ao ser deixada, mas logo está brincando e feliz, isso é um sinal positivo. O importante é observar seu bem-estar enquanto está na escola. Escolher um ambiente alinhado aos valores da família e confiar no processo faz toda a diferença para uma adaptação tranquila e saudável".

Com paciência, acolhimento e uma boa comunicação entre escola e família, a transição escolar pode ser mais leve e segura para todos.

 


DRA ANNA DOMINGUEZ BOHN - CRM SP 150 572 - RQE 106869/ 1068691. Registro pela Sociedade Brasileira de Pediatria Registro de Terapia Intensiva Pediátrica pela Associação de Medicina Intensiva. Graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Residência em Pediatria e Terapia Intensiva Pediátrica pela Universidade de São Paulo. Curso de especialização em cardiointensivismo pelo Hospital SICK KIDS, Universidade de Toronto. Pós-graduação em Síndrome de Down pelo CEPEC - FMABC (centro de pesquisa e estudos) MBA em gestão de saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein Vice-presidente do Núcleo de Estudos da criança e adolescente com deficiência, Sociedade Paulista de Pediatria. 2020-2023 coordenadora da unidade de terapia intensiva pediátrica pré-operatória do Instituto do coração – FMUSP. Pediatra do corpo clínico dos Hospitais Israelita Albert Einstein e Sírio Libanês. Membra do Grupo Médico Assistencial sobre a pessoa com deficiência do Hospital Albert Einstein.


Nenhum comentário:

Postar um comentário