terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Volta às Aulas: Como Identificar e Prevenir Problemas Oculares em Crianças

Com a chegada do início do ano letivo, é crucial que os pais fiquem atentos aos sinais de problemas oculares em seus filhos. Oftalmologistas explicam os principais sinais de alerta, os impactos da visão na aprendizagem e como prevenir complicações futuras



O retorno à rotina escolar é ideal para garantir que a saúde visual das crianças esteja em dia. Estudos recentes indicam que problemas visuais como miopia, hipermetropia e astigmatismo estão se tornando cada vez mais comuns entre os pequenos, afetando diretamente o desempenho escolar e o bem-estar geral.

“Problemas visuais podem se manifestar de forma sutil, como dores de cabeça frequentes, dificuldade de leitura e sensibilidade à luz,” alerta a Dra. Claudia de Paula Faria, Oftalmologista especialista em estrabismo do Hospital Albert Einstein.

Entre os principais sinais estão:

  • Esfregar os olhos com frequência.
  • Sentar-se muito próximo de telas ou livros.
  • Reclamações de dores de cabeça, especialmente na testa.
  • Desalinhamento dos olhos (estrabismo).

O Dr. Hallim Féres Neto membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e Diretor da Prisma Visão complementa: “Inclinação da cabeça constante ou dificuldade para enxergar de longe também podem ser sinais importantes de alerta.”

“Dificuldades para enxergar o quadro ou acompanhar leituras podem ser confundidas com desatenção ou dificuldade de aprendizagem,” destaca a Dra. Claudia.

Exames oftalmológicos regulares ajudam a evitar diagnósticos errados e garantem um desempenho escolar saudável. O Dr. Halim enfatiza: “Já presenciei casos em que crianças foram tratadas para déficit de atenção, mas a dificuldade estava relacionada a problemas visuais não diagnosticados.”

A primeira consulta oftalmológica deve ocorrer aos 6 meses, com novas avaliações entre 2 e 3 anos de idade, antes da entrada na escola. “Após isso, é recomendável exames anuais até os 10 anos,” orienta a Dra. Claudia.
O Dr. Halim reforça: “Detectar condições como catarata congênita ou retinoblastoma precocemente faz toda a diferença na saúde ocular da criança.”

Pesquisas apontam para um aumento global da miopia em crianças, muitas vezes relacionado ao uso excessivo de telas e à falta de atividades ao ar livre. Seguir a regra 20-20-20 – descansar os olhos por 20 segundos a cada 20 minutos de uso de tela – é uma medida simples e eficaz para reduzir o cansaço visual. “Aumentar o tempo ao ar livre é crucial para prevenir a progressão da miopia,” acrescenta o Dr. Halim.


Escolha dos Óculos Correta 

Armações leves, resistentes e ajustáveis são essenciais para garantir o conforto das crianças. “As lentes com proteção UV e tecnologias que ajudam a reduzir o aumento da miopia são minhas primeiras escolhas para os pequenos,” afirma a Dra. Claudia. O Dr. Halim complementa: “Permitir que a criança participe da escolha dos óculos pode facilitar a adaptação e o uso regular.”
Estimular brincadeiras ao ar livre – pelo menos duas horas diárias – e uma dieta rica em vitaminas A, C, E e ômega-3 ajudam a manter a saúde ocular. Usar óculos de proteção durante atividades esportivas também previne lesões oculares.

O cuidado com a visão infantil vai além do bem-estar físico: ele impacta diretamente a autoestima e o sucesso acadêmico das crianças. Aproveite o início do ano letivo para garantir que seu filho esteja preparado para enxergar o mundo com clareza e confiança.

  


Dr. Hallim Feres Neto @drhallim - CRM-SP 117.127 | RQE 60732. Oftalmologia Geral. Cirurgia Refrativa. Ceratocone. Catarata. Pterígio. Membro do CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Membro da ABCCR - Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa. Membro da ISRS - International Society of Refractive Surgery. Membro da AAO - American Academy of Ophthalmology



Dra. Claudia Faria Oftalmologista - CRM 104.991 | RQE 120756. Formada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA); Residência Médica em Oftalmologia na mesma instituição; Título de Especialista em Oftalmologia pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia em 2005; Curso de Oftalmologia “Dr Guillermo Pico Santiago” em Porto Rico (E.U.A.), pela Associação Panamericana de Oftalmologia em 2005; Estágio de plástica ocular na Universidade Federal de São Paulo / UNIFESP em 2006 e 2007; Fellow em Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo pela Wright Foundation / Cedars Sinai Medical Center em 2008, em Los Angeles, Estados Unidos. O Dr Wright é um dos mais importantes e respeitados especialistas em estrabismo de todo o mundo. A Dra. Claudia é a única médica Brasileira que foi treinada pelo Dr Wright. Foi médica colaboradora do Setor de Estrabismo do Departamento de Oftalmologia da UNIFESP / Hospital São Paulo e orientava ambulatórios naquela instituição de maneira voluntária. Esteve por 6 meses no ano de 2016 acompanhando o setor de plástica ocular do Rigshospitalet, em Copenhague na Dinamarca.


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