Mais da metade dos brasileiros não lê, estimulação cognitiva é estratégia para aumentar a concentração
O hábito da leitura traz inúmeros benefícios, especialmente, quando iniciado ainda na infância, no entanto, esta prática está sendo cada vez mais abandonada pelas escolas. De acordo com a 6ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil 2024, apenas 19% dos estudantes brasileiros aponta a escola como principal espaço de leitura.
A pesquisa revelou ainda que o principal motivo que afasta as pessoas da leitura é a falta de tempo, mas os entrevistados também citaram falta de paciência e cansaço para justificar a falta de leitura no último ano. Como explica a diretora pedagógica do Supera-Ginástica para o cérebro, Patrícia Lessa, esses dados demonstram que faltam estímulo e estratégias adequadas para incentivar que as pessoas entendam o hábito de leitura como fonte de conhecimento e mesmo entretenimento
“As escolas perdem muito ao não investirem em atividades que treinem o cérebro das crianças por meio de atividades estruturadas criamos redes neuronais fortes e capacidades específicas do cérebro, como a forma de coletar e reter informações, melhorando o desempenho do cérebro, especialmente, a memória de trabalho”
A memória de trabalho, explica Patrícia, é importante para acessar informações recém-adquiridas e conectá-las com aquelas que já tínhamos armazenadas, como fazemos durante a leitura. A estimulação cognitiva também contribui para que o estudante desenvolva o foco e a atenção sustentada necessários para se entregar à história.
Patricia lembra que para além dos ganhos cognitivos, há também grandes benefícios nas questões socioemocionais. “Baseado nos pilares da novidade, variedade e grau crescente de desafio conseguimos fazer com que crianças e adolescentes tenham desenvolvidas sua autoestima, a autogestão, a autoconsciência, a tomada de decisão e o trabalho em equipe, entre outras”, comenta.
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