quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Norovírus: Um Inimigo Invisível que Pode Desencadear Surtos e Complicações

 Instituto Adolfo Lutz confirma detecção de norovírus na Baixada Santista; entenda os riscos, sintomas e como prevenir essa infecção altamente contagiosa.

 

O Instituto Adolfo Lutz (IAL), referência em diagnóstico laboratorial no estado de São Paulo, confirmou na última quarta-feira (8) a presença de norovírus em amostras fecais coletadas na Baixada Santista. O anúncio reforça a preocupação com surtos dessa infecção viral altamente contagiosa, que pode causar gastroenterite aguda, afetando especialmente crianças pequenas e idosos.


O que é o Norovírus?

O norovírus, frequentemente chamado de "gripe estomacal" (apesar de não estar relacionado ao vírus da gripe), é um dos principais agentes de diarreia e vômitos em surtos epidêmicos. Ele se dissemina rapidamente por meio de contato direto, alimentos contaminados e superfícies infectadas.

  • Sintomas mais comuns: Diarreia, vômitos, náuseas e dores abdominais, que aparecem de 12 a 48 horas após a exposição.
  • Risco de desidratação: Principalmente em crianças menores de 5 anos e idosos, com sinais como diminuição do xixi, boca seca, tontura e sonolência.
  • Recorrência da infecção: Como existem diferentes tipos de norovírus, uma pessoa pode contrair a infecção várias vezes ao longo da vida.


Por que o Norovírus é tão preocupante?

"Além de ser altamente contagioso, o norovírus causa grande desconforto e pode levar a complicações sérias, como desidratação severa, especialmente em populações mais vulneráveis", alerta a Dra. Anna Bohn, pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). “A detecção pelo Instituto Adolfo Lutz é um alerta para reforçarmos os cuidados de prevenção.”


Como ocorre a transmissão?

O norovírus pode ser transmitido de diversas maneiras:

  1. Contato direto com doentes ou com superfícies contaminadas.
  2. Consumo de alimentos ou líquidos contaminados, incluindo frutos do mar crus.
  3. Ambientes compartilhados, como buffets e festas, onde a manipulação de alimentos é comum.


Prevenção é a chave

A melhor forma de evitar a infecção é adotar medidas rigorosas de higiene:

  • Lave as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente antes de comer e após usar o banheiro.
  • Cozinhe bem os alimentos, principalmente frutos do mar.
  • Higienize frutas, verduras e legumes consumidos crus.
  • Desinfecte superfícies com produtos adequados.
  • Evite contato próximo com outras pessoas por até 48 horas após o desaparecimento dos sintomas.

De acordo com dados globais, o norovírus é responsável por cerca de 685 milhões de casos de gastroenterite por ano, destacando-se como uma das principais causas de surtos alimentares em eventos e ambientes fechados.

"A identificação recente do vírus na Baixada Santista deve servir como um chamado à conscientização", reforça a Dra. Anna. "Surtos podem ser evitados com medidas simples, mas eficazes."

Em caso de sintomas como vômitos persistentes, diarreia intensa ou sinais de desidratação, é fundamental procurar orientação médica, especialmente para crianças pequenas e idosos.




DRA ANNA DOMINGUEZ BOHN - CRM SP 150 572 - RQE 106869/ 1068691 - Registro pela Sociedade Brasileira de Pediatria Registro de Terapia Intensiva Pediátrica pela Associação de Medicina Intensiva. Graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Residência em Pediatria e Terapia Intensiva Pediátrica pela Universidade de São Paulo. Curso de especialização em cardiointensivismo pelo Hospital SICK KIDS, Universidade de Toronto. Pós-graduação em Síndrome de Down pelo CEPEC - FMABC (centro de pesquisa e estudos) MBA em gestão de saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein Vice-presidente do Núcleo de Estudos da criança e adolescente com deficiência, Sociedade Paulista de Pediatria. 2014 - Congresso Brasileiro de Terapia Intensiva Pediátrica, Florianópolis.


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