quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Líderes precisam aprender a gerir talentos multigeracionais

O chamado conflito geracional é uma oportunidade de crescimento quando a empresa aplica estratégias para integrar diferentes perspectivas

 

A convivência de diferentes gerações no ambiente corporativo tem se tornado cada vez mais relevante. Em um cenário em que profissionais da Geração Z dividem espaço com Baby Boomers, Geração X e Millennials, a gestão multigeracional pode ficar confusa mas, quando bem realizada, é uma oportunidade estratégica para as empresas que desejam inovar e se destacar no mercado. Integrar essas gerações, com suas perspectivas e valores distintos, exige liderança adaptativa, comunicação eficaz e um ambiente organizacional inclusivo.

As diferenças podem ser vistas como desafios, mas também como fontes de mudança positiva e crescimento. Nesse sentido, especialistas do setor indicam que uma abordagem que valorize o intercâmbio de conhecimentos e experiências entre gerações é fundamental. 

De acordo com Bia Nóbrega, especialista em Desenvolvimento Humano e Organizacional com quase 30 anos de experiência e embaixadora da orienteme, plataforma que oferece soluções integradas para promover a saúde, bem-estar e produtividade, programas de mentoria reversa, treinamentos adaptados às necessidades de diferentes grupos etários e políticas de trabalho flexíveis são algumas das práticas que têm mostrado resultados positivos em organizações líderes em seus setores. 

“A construção de um espaço corporativo colaborativo e que respeite as diferenças pode aumentar a produtividade e fortalecer o senso de pertencimento entre os colaboradores”, conta.


Os impactos do ambiente multigeracional

Bia ressalta que este é um momento singular no mercado de trabalho, onde pessoas das gerações Baby Boomers e X  que fizeram seu reskilling e upskilling seguem no ambiente corporativo ao mesmo tempo que jovens com ambições diferentes das conhecidas há 30 anos tomam conta dos escritórios e trazem maneiras de atuar que podem parecer conflitantes com as anteriores. 

“Marcado por profundas transformações geracionais e uma nova busca pelo significado do sucesso profissional, os escritórios agora abrigam uma mistura rica de gerações. A chamada ‘Quiet Ambition’, por exemplo, traz à tona a relevância de equilibrar vida pessoal e propósito no trabalho, não como ausência de ambição, mas como uma redefinição de prioridades. Cabe às lideranças o desafio de criar ambientes onde essa diversidade de visões e valores seja um valioso ativo e não uma barreira”, explica.

Para esses líderes, o segredo está em adotar uma abordagem centrada nas pessoas antes de mais nada. Isso significa ir além do alcance de metas e criar uma cultura organizacional onde a segurança psicológica e a confiança sejam pilares fundamentais. Incentivar o diálogo, ouvir ativamente e valorizar a contribuição única de cada geração são atitudes que transformam diferenças em oportunidades de crescimento mútuo.

Além disso, as empresas precisam estar dispostas a repensar seus conceitos e investir na capacitação contínua de seus profissionais, independentemente da faixa etária. “Essa integração entre gerações não é apenas uma necessidade operacional, como também uma estratégia para construir equipes resilientes, inovadoras e capazes de responder às rápidas mudanças do mercado”, conclui.

 



Bia Nóbrega - multiempreendedora focada no desenvolvimento humano e transformação organizacional, com mais de 25 anos de experiência. Atua como Conselheira Consultiva, CHRO não exclusiva, mentora de líderes, palestrante, escritora, professora e investidora-anjo. É reconhecida com prêmios como TOP Influenciadora de RH (RH Summit), TOP HR Influencer (Go Integro) e Líder Legacy (Think Work), além de ser uma voz ativa em comunidades de liderança como Women Corporate Directors (WCD) e Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Ao longo de sua carreira, liderou projetos que conciliam alta performance e inovação organizacional, utilizando metodologias ágeis para promover mudanças sustentáveis. Bia também integra o Comitê Executivo do IVG (Instituto Vasselo Goldoni), onde contribui para fortalecer lideranças femininas por meio de mentoria e networking. Coautora de livros sobre Futuro do Trabalho, Experiência do Colaborador e Mentoria, já impactou mais de 20 mil pessoas em palestras e eventos e acumula mais de 3 mil horas de mentoria e coaching, consolidando sua influência no universo de Pessoas e Cultura.
https://www.linkedin.com/in/beatrizcaranobrega
www.bianobrega.com.br


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