José Andys Oliveira Rodrigues, coordenador do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera Vila Mariana, dá dicas de como lidar e prevenir complicações
Com
a chegada das férias e as viagens para destinos turísticos, muitos aproveitam
para explorar áreas ao ar livre, como praias, rios e matas. No entanto, um
problema comum que pode surgir são as picadas de borrachudos, mosquitos encontrados
principalmente em regiões de água doce e vegetação densa. Essas picadas, além
de causarem incômodos imediatos, podem gerar reações alérgicas severas em
algumas pessoas.
Os
borrachudos, também conhecidos como mosquito-pólvora, são insetos da família
Simuliidae, comuns em áreas com corpos d'água, como rios e lagoas. Eles se
alimentam do sangue de mamíferos e, ao picar, injetam uma substância
anticoagulante que pode desencadear reações alérgicas em algumas pessoas. As
reações variam de leves, com coceira e vermelhidão, até mais graves, com
inchaços intensos, febre e dificuldade respiratória.
José
Andys Oliveira Rodrigues, coordenador do curso de Enfermagem da Faculdade
Anhanguera Vila Mariana, recomenda diversas estratégias para prevenir as picadas
de borrachudos, especialmente para quem viaja para locais mais propensos à
presença desses insetos. "O uso de repelentes é fundamental. Escolha
produtos que contenham ingredientes como DEET ou Icaridina, que são eficazes
contra os borrachudos. Além disso, é importante evitar sair em horários de
maior atividade dos mosquitos, como ao amanhecer e ao entardecer",
orienta.
Além
do uso de repelentes, o professor sugere a utilização de roupas adequadas.
"Em regiões onde a infestação de borrachudos é maior, o ideal é vestir
roupas de manga longa e calças, além de usar redes mosquiteiras durante o sono.
Evitar fragrâncias fortes e alimentos doces também pode ajudar, pois esses
odores atraem os insetos."
Apesar
da prevenção, caso ocorra uma picada, o professor José Andys destaca que é
essencial tomar medidas imediatas para minimizar a reação. "Primeiramente,
é importante limpar bem a área da picada com água e sabão. A aplicação de
compressas frias pode ajudar a aliviar a coceira e o inchaço."
Se
a pessoa apresentar sinais de reação alérgica mais grave, como dificuldades
respiratórias, inchaço no rosto, boca ou garganta, ou uma erupção cutânea
intensa, Andys alerta para a necessidade de buscar atendimento médico imediato.
"Em casos graves, a pessoa pode precisar de um tratamento com medicamentos
antihistamínicos ou até mesmo corticosteroides, dependendo da gravidade da
reação. Não se deve subestimar reações alérgicas mais intensas."
Em
regiões de alto risco, onde os borrachudos são mais comuns, o professor Andys
aconselha que os viajantes mantenham um cuidado constante com a prevenção.
"Mesmo que a pessoa não tenha reações alérgicas graves inicialmente, é
importante continuar o uso de repelentes ao longo de toda a viagem e não
descuidar das medidas de proteção, como as roupas adequadas e a escolha de
locais com menos foco de mosquitos."
Viajar
para destinos turísticos durante as férias pode ser uma experiência incrível,
mas é essencial estar atento aos cuidados com a saúde, principalmente no que
diz respeito à exposição a borrachudos e suas picadas. O professor Andys
reforça a importância de um planejamento adequado e a conscientização sobre as
reações alérgicas, orientando todos a tomarem as precauções necessárias para
garantir um passeio seguro e saudável.
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