quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Como as novas terapias estão transformando o tratamento do câncer ginecológico

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Novas terapias, como a cannabis medicinal, ganham destaque no tratamento do câncer ginecológico, oferecendo alternativas para melhorar a qualidade de vida das pacientes 


Apesar de ser um dos mais comuns entre as mulheres, o câncer ginecológico ainda recebe pouca atenção em comparação a outros tipos de câncer. Muitas vezes silencioso, ele afeta o sistema reprodutor feminino e, em alguns casos, é muito difícil de ser detectado, devido à escassez de informações e campanhas de conscientização, o que compromete o diagnóstico precoce e o acesso a tratamentos adequados.

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), 13% dos casos de câncer em mulheres são do tipo ginecológico. Entre os mais frequentes estão os tumores no colo do útero, ovário e endométrio, mas também existem os de vulva e vagina, que embora menos comuns, fazem parte dessa categoria.

No Brasil, mais de 30 mil novos casos de câncer ginecológico são diagnosticados anualmente, com mais de 16 mil deles sendo apenas de câncer de colo do útero. Alarmante, não é? Este é, inclusive, o principal tipo de câncer que causa mortes em mulheres no mundo.

 

Quais são os sinais de alerta?

Os principais sintomas do câncer ginecológico incluem:

  • Dor pélvica persistente, especialmente abaixo do umbigo;
  • Inchaço abdominal frequente;
  • Dor lombar intensa e contínua;
  • Sangramento vaginal anormal, fora do ciclo menstrual;
  • Febre persistente sem causa aparente;
  • Dores no estômago;
  • Perda de peso acentuada sem dieta ou esforço específico.

 

Tratamentos disponíveis

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Quando falamos em tratamento do câncer ginecológico, as opções atuais incluem cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou uma combinação dessas abordagens. Tudo depende de como a doença se apresenta e do estágio em que é diagnosticada.

No entanto, enquanto a medicina avança no combate ao câncer, novas terapias também vêm ganhando destaque. Um exemplo é o uso da cannabis medicinal.

Mariana Maciel, médica brasileira e fundadora da Thronus Medical, uma biofarmacêutica canadense especializada em nano THC e nano CBD, explica como essa alternativa tem feito a diferença.

“A dor oncológica, especialmente em pacientes com câncer ginecológico, pode ser difícil de manejar. A cannabis medicinal, quando usada de forma controlada e sob supervisão médica, tem mostrado resultados promissores para reduzir a intensidade da dor, melhorando significativamente a qualidade de vida das pacientes”, afirma Mariana.

Além disso, a cannabis medicinal pode ajudar a controlar não apenas a dor, mas também outros sintomas como insônia e ansiedade, que são comuns entre pacientes oncológicos. “O impacto emocional do câncer ginecológico é imenso. O alívio oferecido pela cannabis vai além do físico, ajudando as pacientes a enfrentarem melhor essa jornada”, complementa a especialista.

 

Uma abordagem personalizada

No tratamento de câncer ginecológico, cada paciente vive uma experiência única. Por isso, o uso da cannabis medicinal deve ser ajustado às necessidades específicas de cada mulher. “A dosagem e a forma de administração precisam ser cuidadosamente avaliadas, garantindo o máximo benefício terapêutico”, ressalta Mariana.

Um detalhe importante: o CBD, uma das substâncias presentes na cannabis, não tem efeitos psicoativos. Ainda assim, o uso deve ser feito apenas com prescrição médica e respeitando todas as orientações do profissional.

Combinando inovação com cuidados tradicionais, a medicina segue ampliando as possibilidades para tratar e aliviar o impacto do câncer ginecológico. Afinal, a saúde e o bem-estar das pacientes estão sempre em primeiro lugar.


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