A
cirurgia de redesignação sexual, também conhecida como cirurgia de mudança de
sexo, é um marco importante na vida de muitas mulheres trans. Mas, a realidade
do pós-operatório muitas vezes esconde desafios que vão além do esperado.
A
fisioterapeuta pélvica Débora Pádua explica que embora a parte estética da
cirurgia geralmente alcance resultados satisfatórios, muitas pacientes
enfrentam dificuldades em tornar o canal vaginal funcional. A utilização de
dilatadores vaginais no pós-operatório é uma etapa fundamental para evitar
complicações como estreitamento do canal e cicatrização inadequada, mas a falta
de orientação e acompanhamento adequado pode levar ao abandono desse processo.
“Sem o uso regular dos dilatadores e fisioterapia pélvica especializada, muitas
mulheres trans relatam dores persistentes, dificuldades na cicatrização e, em
alguns casos, acabam por não utilizar o canal vaginal para relações sexuais”, explica
Débora.
Casos recentes ilustram as diferenças no acompanhamento pós-cirúrgico entre países. Enquanto em locais como a Tailândia, conhecida por sua expertise em cirurgias de redesignação sexual, as pacientes recebem orientações detalhadas e suporte contínuo no pós-operatório, no Brasil o acompanhamento especializado ainda é escasso. Muitas mulheres trans esperam anos em filas do SUS ou economizam para procedimentos particulares, mas encontram barreiras no acesso a profissionais que saibam conduzir o pós-operatório com eficácia.
Débora Padua - educadora e fisioterapeuta sexual. Graduada pela Universidade de Franca (SP) durante 5 anos fez parte do corpo clínico da Clínica Dr. José Bento de Souza e foi responsável pelo setor de Uroginecológia do Centro Avançado em Urologia de Ribeirão Preto (SP). Hoje atende em consultório particular especializado.
Rua Machado Bittencourt 317 sala 71 - Vila Mariana - São Paulo- SP
Telefone: (11) 3253-6319
www.deborapadua.com.br
www.vaginismo.com.br
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