No Dia Internacional do Voluntário, celebrado na quinta-feira (5), psicóloga do CEJAM aponta os benefícios da prática
Trabalhar sem receber nenhum retorno financeiro parece loucura? À
primeira vista, sim, mas estudos indicam que a prática do voluntariado traz
benefícios significativos para o bem-estar emocional e psicológico.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(PNADC) do IBGE, em 2022, aproximadamente 7,3 milhões de brasileiros
participaram de atividades voluntárias, o que corresponde a 4,2% da população
com 14 anos ou mais.
Especialistas destacam que o ato de ajudar os outros, sem esperar nada
em troca, fortalece o senso de pertencimento e pode ajudar a ocupar a mente e
amenizar possíveis sintomas de solidão, depressão e ansiedade.
"É clichê, mas, ao ajudarmos os outros, também nos beneficiamos. O
voluntariado nos faz sentir úteis, eleva nossa autoestima e proporciona uma
sensação gratificante de contribuição para algo maior", afirma Ana Paula
Ribeiro Hirakawa, psicóloga que atua no CER IV M'Boi Mirim, gerenciado pelo
CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a
Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.
A especialista explica que esse tipo de ação também pode melhorar a
autoestima, pois, ao ajudar alguém, é possível enxergar o impacto causado na
vida do outro. Isso, por sua vez, potencializa sentimentos de confiança e de
autoconhecimento, além de proporcionar um propósito maior para o dia a dia.
Conhecer histórias diferentes ajuda, ainda, a entender melhor o mundo e
a valorizar o que já se tem, exercitando, assim, a gratidão. O voluntariado
também aproxima as pessoas e cria conexões específicas, gerando um sentimento
de pertencimento a um grupo.
“Para o ser humano, que é, por natureza, um ser social, é importante
participar de um grupo ou comunidade. Grupos que ajudam pessoas, o meio
ambiente e os animais, por exemplo, podem unir interesses comuns, criando e
fortalecendo vínculos. A partir dele, é possível criar grandes amizades”,
reforça a profissional.
O melhor é que esse tipo de trabalho pode ser praticado em todas as idades, sendo positivo de diferentes formas em cada fase da vida. Para adolescentes, ele pode ser uma oportunidade de aprendizado e descoberta de novos interesses. Normalmente, esse engajamento começa junto com a família ou na própria escola.
Enquanto para os adultos pode representar uma pausa na rotina agitada e uma
forma de se reconectar com valores importantes que, muitas vezes, são deixados
em segundo plano.
Os idosos podem encontrar no voluntariado uma maneira de se manterem
ativos e ampliar o contato social. Além disso, esse compromisso reforça o
sentimento de utilidade e contribuição para a sociedade. É o caso de Rita de
Cássia Leitão, 68.
Há um ano e meio, ela se tornou voluntária do programa CEJAM Solidário,
do Instituto CEJAM, participando semanalmente da entrega de leite para crianças
e idosos em situação de vulnerabilidade social.
A voluntária passou boa parte da vida cuidando de familiares: um irmão
que sofria de alcoolismo, a mãe diabética e, mais tarde, o seu pai. Após a
perda dos três, dedicou-se a cuidar de dois sobrinhos. No entanto, conforme
eles cresceram, ela foi perdendo o propósito que sempre a motivou.
“Eu estava desanimada, mas encontrei pessoas que aceitaram todo o amor e
a vontade de ajudar que eu tinha para oferecer. Essas pessoas eram simples,
humildes e necessitadas de carinho e apoio”, conta.
Como se tornar um voluntário no Instituto CEJAM?
O Instituto CEJAM, que coordena as ações de responsabilidade socioambiental
do CEJAM, possui um programa de voluntariado aberto ao público em geral. Até o
momento, são mais de 900 pessoas cadastradas. Desde o início deste ano, já
foram realizadas aproximadamente 400 ações, beneficiando mais de 58 mil
pessoas.
Atualmente, são oferecidas seis vertentes de voluntariado, que incluem
saúde da mulher, através do programa CEJAM Mulher; educação e inclusão
produtiva, com o programa CEJAM Conecta; cultura e qualidade de vida, pelo
programa Vitalidade; apoio socioassistencial, com o programa CEJAM Solidário; e
ecoeficiência, gerenciamento ambiental e consciência ecológica, com o CEJAM
Ambiental e apoio do Programa Ambientes Verdes e Saudáveis (PAVS), em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.
"Ainda é possível atuar nas unidades de saúde administradas pelo
CEJAM, através de atividades como palhaçaria, musicoterapia, capelania,
oficinas de artesanato, contação de histórias, cuidado de hortas, entre outros.
Também há oportunidades para apoiar eventos e ações pontuais. A pessoa
interessada pode escolher o pilar que mais se identifica e seguir",
acrescenta Marceli Fradeschi Pereira, gerente de Responsabilidade
Socioambiental do Instituto.
Além de capacitação, são oferecidos suporte, formação e diversas
oportunidades para que os voluntários possam se desenvolver e se fortalecer
cada vez mais em projetos socioambientais.
Aos interessados, basta entrar em contato com o Instituto CEJAM pelo e-mail voluntariado@cejam.org.br ou pelo WhatsApp (11) 95912-0035.
CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
@cejamoficial

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