Entidade reforça a necessidade de atenção à hidratação, alimentação e proteção solar
O calor do verão e as férias escolares criam um ambiente propício
para que crianças e adolescentes fiquem mais tempo expostos ao sol,
aproveitando ao máximo as brincadeiras, áreas de lazer, parques, praias e
piscinas. É preciso ter atenção às altas temperaturas. Cuidados com hidratação,
proteção solar e alimentação já fazem parte da rotina nesta época do ano. Quem
está em tratamento oncológico deve intensificar a precaução.
“Inicialmente, pelo fato de alguns quimioterápicos provocarem uma
maior sensibilidade na pele, as crianças em tratamento oncológico devem evitar
a exposição ao sol em excesso para que não apareçam manchas. Por serem mais
suscetíveis a infecções, vale evitar locais com aglomerações, alimentos com
procedência desconhecida e contato com crianças que tenham doenças
infecciosas”, destaca o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia
Pediátrica (SOBOPE), Dr. Neviçolino Pereira de Carvalho Filho.
O oncologista pediátrico e presidente da SOBOPE elenca outros dois
pontos de atenção que os cuidadores devem ter com as crianças em tratamento oncológico:
“a fadiga e o cansaço são sintomas que podem estar associados ao tratamento,
portanto, os pais e responsáveis devem evitar oferecer atividades muito
enérgicas ou manter a criança em locais com pouca ventilação”.
Alimentação
No verão, são mais comuns os casos de intoxicação alimentar, que
podem provocar diarreias, náuseas e vômitos. É necessário estar atento ao
armazenamento dos alimentos e à procedência daqueles consumidos fora de casa.
“Recomendamos frutas e verduras, que apresentam um alto teor de água. Elas
devem ser higienizadas com Hipoclorito de Sódio, seguindo as orientações do
fabricante. Os picolés de fruta também são ótimas opções para o período, assim
como sucos naturais e água de coco”, reforça Dr. Neviçolino Pereira.
Estímulo
Apesar de todos os cuidados, uma coisa é certa: não é preciso
privar as crianças em tratamento oncológico do prazer de serem crianças. “Ela
não vai deixar de ser criança e precisa ser orientada e estimulada para
exercitar o seu imaginário, brincar e se desenvolver. De acordo com a idade, é
válido que esteja ciente de que em tal fase talvez não seja possível participar
de uma brincadeira mais energética. Mas sempre lembramos que aquele momento é
passageiro e necessário para o sucesso do tratamento, e que existem inúmeras
opções divertidas, que vão ajudá-la a se entreter”, finaliza o presidente da
SOBOPE.
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