domingo, 22 de dezembro de 2024

Ceia de Natal: saiba porque alguns alimentos podem fazer mal ao pet

 


Veterinária lista quais devem ser evitados e as consequências da ingestão pelos animais de estimação

 

Não só no Brasil, mas em muitas partes do mundo, no momento da Ceia de Natal, as mesas das famílias são fartas e diversificadas em pratos e sabores. Entretanto, essa é uma ocasião em que os tutores devem ficar atentos ao que é oferecido aos animais de estimação. Conforme aponta o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), mais de 30% das emergências veterinárias no Brasil são causadas por intoxicação alimentar em cães e gatos.  

 

A veterinária da Pet de TODOS, Nathali Braz Vieira dos Santos (CRMV 60757), reforça que alguns alimentos podem causar prejuízos na saúde dos pets. "Muitos componentes da mesa brasileira são extremamente perigosos para a saúde dos animais. Nem sempre o que está no nosso prato deve estar no deles", explica. Ela salienta que acostumar o bichinho, principalmente cachorros, com restos de comida dos tutores é um hábito prejudicial a longo prazo. “Ele pode desenvolver problemas no pâncreas, intestino, anemias, fora a obesidade, que compromete sua locomoção”, explica.

 

Chocolates

Dentre os clássicos da Ceia de Natal, existem aqueles que devem estar longe do alcance dos bichinhos. Como já apresentado, o chocolate encontrado em chocotones e sobremesas é letal para gatos e cães. "A cafeína e a teobromina são substâncias intoxicantes pela dificuldade dos pets de metabolizá-las. Quando ingeridas, causam vômitos, diarréias, febre, convulsões e hemorragias, levando à morte do animal", enfatiza.

 

Temperos e condimentos

O par mais famoso da cozinha brasileira, o alho e a cebola, é muito apetitoso para as pessoas, entretanto, é perigoso para cães e gatos. De acordo com a veterinária da Pet de TODOS, o N-propil dissulfeto contido nesses alimentos é tóxico, resulta em vômitos, anemia, sangue na urina, fraqueza, respiração ofegante e frequência cardíaca elevada. 

Nesse sentido, é essencial não oferecer as carnes assadas ou qualquer outro prato condimentado e temperado.

 

Frituras e alimentos gordurosos

Outro tipo de alimento para ficar de olho são as frituras. O excesso de gordura existente no preparo, como rabanadas ou em carnes, por exemplo, pode causar revezes ao organismo dos pets, também gerando problemas digestivos e no pâncreas, além de obesidade no animal.

 

Laticínios

Os laticínios são comumente oferecidos aos gatos. Entretanto, o alerta para esse tipo de prática se dá por conta da intolerância à lactose conforme o animal, tanto felinos ou cães, envelhece. “Ao longo da vida, o animal produz cada vez menos a lactase, enzima que digere a lactose”, detalha Nathali.

 

Ossos de frangos, carnes e peixes

Esses alimentos, que costumam sobrar após a ceia, são ofertados aos animais, mas não deviam. Além de obstruir a garganta e sufocá-los, conforme os pets mastigam o osso, ele pode estilhaçar, cortando os intestinos e quebrando os dentes.

 

Frutas

Algumas frutas devem estar longe do cardápio dos bichinhos. Uvas e uvas passas, por exemplo, são extremamente tóxicas aos cães, causando vômito, diarreia e dor abdominal. Por sua vez, o abacate contém persina, uma substância tóxica para cachorros e gatos. Seu excesso de gordura também pode levar à inflamação no pâncreas.

  

Alimentos adequados

Para os pets a alimentação deve ser adequada em nutrientes específicos para seu organismo. Assim, as rações oferecem esses componentes e podem ser compradas de acordo com a fase do animal (filhotes ou adultos). “Caso o tutor queira dar um ‘mimo’, existem muitos petiscos próprios no mercado, seja em forma de biscoito ou pastosos. O cuidado que se deve ter é escolher aqueles com menos sódio”, frisa a veterinária.

 

Já em relação aos alimentos, existem aqueles que os bichinhos podem comer. As carnes podem ser oferecidas cruas ou cozidas, porém, sem tempero algum. Os legumes, como inhame, vagem, brócolis, cenoura, batata, e ovos também devem ser cozidos sem tempero. “É importante destacar que a alimentação deve ser balanceada, evitando excessos, mas também nutrindo o animal e contribuindo para sua saúde integralmente”, finaliza Nathali. 

 

Ariely Polidoro

ariely.silva@gotcha.com.br

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