quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Zumbido pode ser um dos principais sinais da Doença de Menière

Pouco abordado, o distúrbio pode levar à perda progressiva e permanente de audição; vertigem e ouvido tampado também são alguns dos sinais 

 

Zumbido, sensação de ouvido tampado (plenitude aural), crises de vertigem e, em alguns casos, perda auditiva. Muitas pessoas podem sofrer por anos com esses sintomas, sem saber que por trás deles pode estar uma doença pouco conhecida, mas impactante: a Doença de Menière. “Essa [doença] é uma das causas mais comuns de labirintopatia. É uma patologia degenerativa crônica da orelha interna e apresenta os sintomas clássicos de crises vertiginosas, perda auditiva sensorioneural flutuante, zumbido e plenitude aural”, explica o otorrinolaringologista do Hospital CEMA, Pedro Felipe Vicente. 

Ele detalha que, quando os sintomas não têm uma causa definida, os médicos classificam o quadro como Doença de Menière. Esse distúrbio ocorre quando há um desequilíbrio dentro da orelha interna, um órgão complexo, delicado e sensível por natureza. “Acredita-se que seja consequência de um excesso de líquido dentro da orelha, chamado de Hidropisia Endolinfática. Porém, essa explicação somente não é suficiente, pois diversos estudos mostram a presença da Hidropisia, sem o desenvolvimento dos sintomas”, afirma o médico. Entre os fatores que podem contribuir para a doença estão as infecções virais, desordens dietéticas, genéticas, vasculares, autoimunes e alterações metabólicas. 

O zumbido é um dos principais sintomas do distúrbio e ocorre com a grande maioria dos pacientes, embora, em alguns casos, ele esteja ausente. A perda auditiva também pode ser um sinal impactante da doença, e pode ser progressiva e permanente. “É de extrema importância que as pessoas que apresentem esses sintomas procurem um otorrinolaringologista para que este profissional realize o diagnóstico correto. Por mais que ainda não tenhamos a cura, podemos, por meio de medicamentos e procedimentos cirúrgicos, estabilizar a doença e diminuir, significativamente, os episódios de crise”, finaliza o especialista.

 

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