Otite é uma das
infecções mais comuns na infânciaCanva
A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul
(SPRS) alerta os pais para a importância de prevenir e tratar a otite, infecção
que afeta mais de 80% das crianças ao menos uma vez nos primeiros anos de vida.
A otite média aguda, a mais comum entre crianças, pode causar sintomas como
dores intensas de ouvido, febre, perda de apetite, irritabilidade e dificuldade
para dormir. Se não tratada corretamente, a infecção pode evoluir para
problemas graves, como a perda auditiva.
O otorrinolaringologista pediátrico, Dr. José
Faibes Lubianca Neto explica que existem três tipos principais de otite: a
otite média aguda, que causa dor e febre, a otite média com efusão, também
conhecida como "otite silenciosa", que reduz a audição, e a otite
média crônica supurativa, que gera secreção e envolve, muitas vezes, a
perfuração do tímpano. Segundo ele, a identificação precoce dos sintomas é
fundamental para o tratamento adequado.
“A otite média aguda é a mais comum e se
caracteriza por dor e febre. Já a otite média com efusão é silenciosa, muitas
vezes sendo percebida pelos pais pela dificuldade auditiva das crianças. Na
otite média crônica supurativa, a secreção constante é o principal sintoma”,
explica Dr. Lubianca Neto.
Para o tratamento, em casos de otite média aguda, o
uso de analgésicos isolados pode ser indicado, especialmente em crianças
maiores de dois anos que não apresentam secreção no ouvido. Em bebês menores de
seis meses, o uso de antibióticos é sempre necessário, enquanto nas crianças
entre seis meses e dois anos o tratamento é recomendado em casos graves.
“Para os casos mais severos e prolongados, existe a
possibilidade de intervenções como a inserção de tubos de ventilação, que
ajudam a prevenir a recorrência da infecção e a perda auditiva associada”,
afirma o médico.
A prevenção da otite também é um aspecto
importante. Entre as recomendações gerais para isso estão evitar a exposição ao
fumo passivo, garantir a amamentação exclusiva até os seis meses, vacinas (como
a pneumocócica), uso de chupetas exclusivamente para dormir e o tratamento
adequado de infecções respiratórias superiores.
Marcelo Matusiak
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