quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Fertilizantes em plantas domésticas. Quando é hora de usar


Saber quando é hora de alimentar suas plantas domésticas e qual fertilizante usar é um desafio até mesmo para os jardineiros mais experientes.Problemas de irrigação, iluminação ou pragas podem ser resolvidos com uma simples observação, mas é muito mais difícil saber quando as nossas plantas de interior precisam ser fertilizadas. Não há nenhum sinal claro, exceto um crescimento lento, estagnado ou folhas amareladas, mas isso é difícil de medir.

Na hora do plantio, orientamos como preparar o solo, corrigi-lo e adicionar os fertilizantes necessários à boa recuperação e saúde das plantas. Mas, deveríamos continuar a usar fertilizantes em vez de apenas deixar a natureza seguir o seu curso normal? A resposta é sim! Isso se você deseja maximizar o rendimento de suas plantas, tanto para a produção de flores quanto de frutos – e até de folhagens. 

O solo contém certa quantidade de nutrientes, obviamente, mas quanto mais a planta cresce e se alimenta, mais os recursos se tornam escassos. Portanto, é importante adubar em diferentes épocas do ano para garantir que as plantas expressem toda a sua beleza e exuberância. 

Então, em vez de esperar um sinal da planta, você pode resolver o problema com suas próprias mãos e imaginar a adubação como uma missão. Um fertilizante para plantas domésticas é usado de acordo com um cronograma baseado em seu ciclo de crescimento. E isso deve acompanhar principalmente as estações. Cada planta de casa tem necessidades ligeiramente diferentes no que diz respeito à quantidade e frequência de aplicação de fertilizantes, mas não há necessidade de complicar demais o processo. 

A grande maioria das plantas domésticas comuns tem necessidades de fertilizantes semelhantes o suficiente para estabelecer um cronograma que se aplica a quase todas as plantas, sem o risco de adubá-las em excesso. Algumas plantas domésticas são mais exigentes do que outras, é verdade. E a melhor forma de resolver esse problema é escolher um fertilizante cuja composição seja adaptada à família das plantas (suculenta, orquídeas e bromélias, plantas de folhagens verde, etc.). 

Você pode começar a adubar suas plantas domésticas cerca de dois meses antes do início da primavera. Isso significa que começaremos a aplicar fertilizante em meados de julho. Neste momento, os dias começam a aumentar visivelmente e as plantas domésticas passam de um estado semiadormecido para um período de crescimento ativo.Se usar fertilizante líquido, aplique metade da dose recomendada, uma vez por mês até o verão. Isso alimentará as plantas domésticas no momento em que elas estão apenas se preparando para um crescimento ativo e ainda não precisam de grandes quantidades de nutrientes para sustentar a intensa fotossíntese ou floração. 

Quando chegar o verão, é hora de passar a uma programação mais regular de adubação de plantas domésticas. A frequência das adubações no verão depende do tipo de fertilizante que você usa. Os fertilizantes líquidos naturais são aplicados com mais frequência, a cada duas semanas, ou todas as semanas para plantas de crescimento rápido. Os produtos granulados devem ser usados ​​com menos frequência, aproximadamente uma ou duas vezes por mês. 

Siga este cronograma, quer você leve ou não suas plantas para fora de casa durante o verão. As plantas domésticas estão em estado de crescimento ativo quando os níveis de luz do verão são altos, sejam elas expostas às temperaturas constantes de um ambiente interno ou aos perigos do ambiente externo. 

Essas orientações têm por objetivo fazer com que suas plantas expressem suas exuberâncias durante as comemorações das festas de final de ano, embelezando seu ambiente com folhagens verdes e flores vistosas. A saúde de todo vegetal é decorrente da disponibilidade de nutrientes no solo e são os fertilizantes os responsáveis em suprir as necessidades nutricionais das plantas.



Valter Casarin - coordenador geral e científico da Nutrientes Para a Vida é graduado em Agronomia pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/UNESP, Jaboticabal, em 1986 e em Engenharia Florestal pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"/USP, Piracicaba, em 1994. Concluiu o mestrado em Solos e Nutrição de Plantas, em 1994, na Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz". Recebeu o título de Doutor em Ciência do Solo pela École Supérieure Agronomique de Montpellier, França, em 1999. Atualmente é professor do Programa SolloAgro, ESALQ/USP e Sócio-Diretor da Fertilità Consultoria Agronômica.




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