Golpistas estão ligando para clientes dizendo que
sua agência ou gerente está sob investigação e pedindo a transferência de recursos para contas
suspeitas
Vídeo com Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban, comentando
sobre o golpe e dando dicas de como evitá-lo, disponível para download neste link
Criminosos
estão criando novas abordagens para golpes aplicados há muito tempo, como o da
falsa central telefônica. As estratégias são novas, mas as táticas, velhas:
usam técnicas de engenharia social, que consistem na manipulação psicológica do
usuário para que ele lhe forneça informações confidenciais ou faça transações
em favor das quadrilhas.
A
Febraban alerta que, desta vez, os golpistas estão ligando para clientes e dizendo
que sua agência bancária e/ou seu gerente está sob investigação. E chegam até a
mandar um boletim de ocorrência falso para dar credibilidade ao
golpe. A partir daí, dizem que para a proteção do cliente, ele deve
transferir seus recursos para favorecidos indicados por eles enquanto durar a
investigação criminal.
“Esta
abordagem é golpe. Os bancos, entidades ou autoridades policiais nunca
pedem que clientes façam transações bancárias. Se receber este tipo de contato,
encerre-o na hora. Se tiver dúvidas sobre sua agência,
esclareça qualquer informação fora do normal nos canais oficiais do banco”,
alerta José Gomes, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.
Ele
também ressalta que os bancos podem entrar em contato com os clientes
para confirmar transações suspeitas, mas nunca solicitam dados pessoais,
senhas, atualizações de sistemas, chaves de segurança, pagamentos ou estornos
de transações nestes contatos.
A Febraban também informa que os criminosos estão usando o nome da
entidade neste golpe e esclarece
que a Federação é uma associação civil sem fins lucrativos, que reúne
instituições financeiras do país. No desempenho de suas atividades, a entidade
não tem relacionamento direto com clientes e usuários do sistema bancário.
Medidas
contra os golpes
A Febraban e seus bancos associados têm investido constantemente e de maneira massiva em campanhas de conscientização e esclarecimento com a população por meio de ações de marketing em TVs, rádios e redes sociais. Nas redes da Febraban, a comunicação antifraudes prossegue de forma ininterrupta por meio do site Antifraudes Febraban.
Além
da realização de campanhas educativas, os bancos investem cerca de R$ 4 bilhões
por ano em sistemas de tecnologia da informação (TI) voltados para segurança –
valor que corresponde a cerca de 10% dos gastos totais do setor com TI, para
garantir a tranquilidade de seus clientes em suas transações financeiras
cotidianas.
A
Febraban também tem uma parceria com a Anatel (Agência Nacional de
Telecomunicações) e envia uma relação de telefones usados no golpe da falsa
central telefônica, que são repassados para as empresas de telecomunicações
para bloqueio.
Adicionalmente,
os bancos também atuam em parceria com forças policiais para auxiliar na
identificação e punição de criminosos virtuais.
A
Febraban também assinou recentemente um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com
o Ministério da Justiça e Segurança Pública que possibilitará o intercâmbio de
conhecimentos, tecnologias, metodologias, capacitação de pessoas e colaboração
mútua para o desenvolvimento de projetos e atividades de interesse comum.
Assim, o Ministério e os bancos irão trocar informações para viabilizar ações
rápidas e eficientes no combate a fraudes, golpes e crimes cibernéticos.
O
ACT prevê a formação de grupo de trabalho com entidades e empresas de vários
setores, além do bancário, para debater o tema e construir uma política pública
de prevenção e combate a fraudes, golpes e crimes financeiros, chamada de
Estratégia Nacional de Segurança Financeira. Este cenário se estende para
diversos segmentos – governo, financeiro, telecomunicações, varejo, marketplaces,
redes sociais, entre outros.
No
caso de o cliente ter sido vítima de algum crime, ele deve notificar
imediatamente seu banco para que medidas adicionais de segurança sejam
adotadas, como bloqueio do app e senha de acesso, e fazer um boletim de ocorrência.
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