Especialista reforça a importância de escolher bem os produtos utilizados e testá-los para evitar reações adversas
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
publicou recentemente um informe de segurança que destaca a importância de
identificar e relatar reações adversas provocadas pelo uso de cosméticos. A
Anvisa, responsável pela regulamentação de produtos e serviços relacionados à saúde
no Brasil, enfatiza que "produtos cosméticos são amplamente utilizados e
geralmente seguros, mas é essencial estar atento a qualquer reação adversa que
possa surgir". O anúncio reforça que, embora o uso de cosméticos seja
comum, especialmente em datas festivas como o Halloween, é necessário cuidado
redobrado para evitar complicações.
Julinha Lazaretti, bióloga e cofundadora da
Alergoshop, marca referência em produtos de saúde e beleza hipoalergênicos,
também alerta sobre o uso de maquiagem durante esse período. “As maquiagens
usadas no Halloween costumam ser mais pesadas e, muitas vezes, aplicadas em
maior quantidade. Isso pode aumentar o risco de reações alérgicas,
principalmente para pessoas que já têm a pele sensível ou que não estão acostumadas
com o uso frequente desses produtos”. Segundo Lazaretti, é fundamental testar
os produtos antes de aplicá-los de forma completa, para minimizar os riscos de
alergias.
O que deve ser evitado?
Durante o Halloween, como mencionado pela profissional,
é comum o uso de maquiagens mais elaboradas e pesadas. Porém, é preciso atenção
aos componentes dos produtos. “Evite maquiagens que contenham fragrâncias,
conservantes fortes, parabenos e corantes artificiais. Esses ingredientes são
mais propensos a causar reações alérgicas, especialmente em peles sensíveis”,
explica Lazaretti. Ela ainda ressalta a importância de priorizar itens com
fórmulas hipoalergênicas, pois esses produtos são desenvolvidos com
ingredientes menos agressivos à pele.
Outro ponto essencial é a realização de testes de
contato antes de usar os cosméticos em áreas maiores do rosto. Segundo Julinha,
“sempre aplique uma pequena quantidade do produto em uma área discreta da pele
e aguarde 24 horas para observar possíveis reações. Esse simples teste pode evitar
complicações mais sérias”.
De acordo com a especialista, também é importante
evitar produtos de procedência duvidosa ou de baixa qualidade, especialmente os
vendidos a preços muito baixos ou sem rótulo claro de ingredientes. “A escolha
de itens de qualidade comprovada é essencial para garantir segurança. Produtos
sem certificação podem conter substâncias nocivas, muitas vezes proibidas pela
Anvisa, o que eleva os riscos para quem os utiliza”, complementa Lazaretti.
Como lidar com os sintomas
Se, mesmo com todos os cuidados, os sintomas de
alergia surgirem, é fundamental agir rapidamente para evitar complicações.
Segundo Julinha, os sinais mais comuns incluem vermelhidão, coceira, inchaço e
irritação na pele. “Ao primeiro sinal de alergia, o ideal é suspender
imediatamente o uso do produto e lavar a área afetada com água corrente e sabão
neutro”, orienta a especialista.
Para aliviar os sintomas, também é possível
utilizar compressas frias, que ajudam a reduzir a inflamação e o desconforto.
Caso a reação persista, Lazaretti recomenda procurar um dermatologista. “Se a
irritação não desaparecer ou piorar, pode ser necessário o uso de medicamentos
específicos, como anti-histamínicos ou corticosteroides, sempre com orientação
médica”, reforça.
Alergoshop
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