No dia 12 de outubro, celebramos o Dia das Crianças, uma data que deveria ser marcada por alegria e diversão. No entanto, é fundamental trazer à tona dados alarmantes sobre a precariedade do saneamento básico no Brasil, que afeta diretamente a saúde e o desenvolvimento de milhões de crianças Um estudo inédito do Instituto Trata Brasil aponta que quatro a cada 10 crianças brasileiras de até seis anos se afastam de creches, escolas e atividades sociais por falta de saneamento.
Outros dados importantes do estudo mostram que:
• Mais
de 300 mil crianças são internadas em um ano por doenças relacionadas à falta
de saneamento;
• Sem água tratada ou banheiro, crianças de até 11 anos possuem
dificuldades em identificar as horas num relógio ou calcular o troco;
• Há atraso médio de 1,8 anos de escolaridade ao jovem de 19 anos
que não tem acesso a saneamento;
• 46,1% é a diferença de renda ao longo da vida de um jovem que teve acesso ao saneamento durante sua infância e adolescência
Além disso, um relatório divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) revela que 12,2 milhões de crianças e adolescentes vivem sem acesso adequado ao esgotamento sanitário e 2,1 milhões sem acesso adequado à água no Brasil.
A ausência de saneamento básico tem implicações diretas na saúde
das crianças, impactando todo o desenvolvimento ao longo dos estágios da vida.
As doenças causadas por essas condições levam ao afastamento das crianças de
suas atividades rotineiras, afetando o desenvolvimento físico e cognitivo.
Essas crianças ou jovens sem acesso ao saneamento básico apresentarão uma
escolaridade e uma bagagem de conhecimento menor que as demais. Com riscos
sobre seu futuro, esse cenário compromete a formação escolar e as capacidades
dos jovens em oportunidades futuras, tanto na educação quanto na inserção do
mercado de trabalho.
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