Você já tentou cortar calorias drasticamente para perder aquela gordura abdominal teimosa, mas os resultados não vieram como esperava? Entenda por que comer menos pode não ser o único caminho para reduzir a barriga e o que realmente funciona.
Quando se trata de emagrecimento, a ideia de que
"comer menos" é a solução definitiva está enraizada em muitas dietas
populares. Afinal, se o corpo precisa de energia e você consome menos calorias,
ele naturalmente deve queimar gordura, certo? Não exatamente. Embora a redução
de calorias seja fundamental, perder gordura abdominal exige mais do que simplesmente
cortar refeições ou diminuir porções. Há uma série de fatores que entram em
jogo e o nutrólogo, Dr. Ronan Araujo, esclarece sobre.
O papel do déficit calórico: a base do emagrecimento
Antes
de tudo, é importante entender que a perda de peso gira em torno de um conceito
básico: o déficit calórico. Isso significa que, para emagrecer, você precisa
consumir menos calorias do que o seu corpo gasta ao longo do dia. Portanto, em
termos simples, sim, comer menos pode ajudar na perda de peso, incluindo a
gordura da barriga.
No
entanto, essa estratégia pode não funcionar sozinha para todo mundo,
principalmente quando falamos da gordura visceral, que se acumula ao redor dos
órgãos internos na região abdominal. Existem outros fatores que podem
dificultar a perda de gordura na barriga, e ignorá-los pode fazer com que você
se esforce sem ver os resultados desejados.
O que acontece quando você simplesmente come menos?
1.
Perda de massa muscular:
Quando
você reduz drasticamente as calorias, corre o risco de perder tanto gordura
quanto massa muscular. Isso pode ser prejudicial, já que a massa muscular é
fundamental para manter o metabolismo ativo. Perder músculo pode diminuir sua
taxa metabólica basal (a quantidade de calorias que seu corpo queima em repouso),
o que torna a perda de peso mais difícil no longo prazo.
Para
evitar isso, é importante garantir uma ingestão adequada de proteínas e
praticar exercícios de força, como musculação, que ajudam a preservar a
musculatura enquanto você emagrece.
2.
Metabolismo lento:
O
corpo é inteligente e tende a se adaptar à privação calórica. Quando você come
muito pouco por um período prolongado, o organismo entra em um estado de
alerta, reduzindo o gasto calórico para economizar energia, o que é conhecido
como "efeito platô". Isso significa que, mesmo comendo menos, você
pode parar de perder peso.
3.
Desequilíbrio hormonal:
Hormônios como a insulina, cortisol, leptina e
grelina desempenham papéis cruciais no controle do apetite, armazenamento de
gordura e queima de energia. Cortar calorias de maneira drástica pode
desregular esses hormônios, levando ao aumento da fome, armazenamento de
gordura (especialmente na região abdominal) e dificuldade em perder peso de
forma consistente.
4.
Fome e compulsão alimentar:
Reduzir drasticamente as calorias pode levar a episódios de fome intensa e até compulsão alimentar. Além disso, a sensação de privação pode fazer com que você tenha mais desejo por alimentos altamente calóricos e menos nutritivos, dificultando ainda mais a perda de peso.
O segredo não é apenas comer menos, mas comer melhor
O Dr.
Ronan explica que reduzir a quantidade de alimentos sem prestar atenção à
qualidade do que você está comendo não trará os melhores resultados. Uma dieta
equilibrada, rica em proteínas magras, fibras e gorduras saudáveis, é muito
mais eficiente do que simplesmente contar calorias. Isso ocorre porque
alimentos com maior densidade nutricional não só ajudam a manter o corpo
nutrido, como também prolongam a saciedade, evitando picos de fome ao longo do
dia.
Aqui
estão alguns fatores essenciais para perder gordura abdominal de maneira
eficaz:
-
Fibras solúveis são suas aliadas
- Alimentos ricos em fibras solúveis, como aveia, feijão, maçã
e cenoura, ajudam a aumentar a sensação de saciedade e a regular o açúcar
no sangue. Além disso, as fibras solúveis ajudam a reduzir a absorção de
gordura, promovendo a perda de gordura corporal, especialmente na região
da barriga.
-
Proteínas magras preservam músculo e aceleram o metabolismo
- O consumo adequado de proteínas é fundamental para manter a
massa muscular durante o emagrecimento. Além disso, proteínas têm um
efeito termogênico maior do que carboidratos e gorduras, o que significa
que o corpo gasta mais energia para digerir e metabolizar as proteínas.
-
Redução de açúcares e carboidratos refinados
- Carboidratos refinados, como pães brancos, massas e doces,
causam picos de insulina, o hormônio responsável por armazenar gordura.
Uma alta ingestão desses alimentos pode aumentar o acúmulo de gordura na
região abdominal. Substituir esses alimentos por carboidratos integrais e
fontes de fibras pode ajudar a estabilizar os níveis de insulina e,
consequentemente, reduzir a gordura abdominal.
-
Exercícios regulares são cruciais
- Para perder gordura abdominal, é necessário incorporar
exercícios físicos à sua rotina. Exercícios aeróbicos, como corrida,
caminhada e ciclismo, ajudam a queimar calorias e a reduzir a gordura
visceral. Combinar atividades aeróbicas com treino de resistência
(musculação) é ainda mais eficaz, pois ajuda a preservar e aumentar a
massa muscular, garantindo que seu metabolismo continue acelerado.
-
Gerenciamento de estresse e controle de cortisol
- O estresse pode levar ao aumento do hormônio cortisol, que
está diretamente ligado ao armazenamento de gordura abdominal. Práticas
anti estresse e exercícios de respiração ajudam a reduzir o estresse e,
consequentemente, os níveis de cortisol, promovendo uma redução na gordura
visceral.
“A
gordura abdominal não desaparece da noite para o dia, mas com uma abordagem
equilibrada e paciente, os resultados aparecem. E lembre-se: o importante é
fazer escolhas que sustentem sua saúde a longo prazo, não apenas dietas
temporárias que prometem resultados rápidos, mas que muitas vezes são
insustentáveis.”. Conclui o Dr. Ronan Araujo.
Dr. Ronan Araujo: CRM – 197142 - Formado em medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, médico especializado em nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia). Com foco em causar impacto e mudar a vida das pessoas através de sua profissão, ele também se tornou membro da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), que o leva a ser atualmente um dos médicos que mais conhece e entrega resultados quando falamos sobre emagrecimento e reposição hormonal. O Dr. Ronan Araujo quer influenciar na mudança de estilo de vida, de hábitos e ajudar as pessoas a viverem mais tempo e com mais qualidade. “Não é apenas sobre emagrecimento, é sobre transformar vidas”, é um dos lemas do médico. Com atendimento único, acolhedor e resultados rápidos na parte da estética e da saúde.
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