domingo, 8 de setembro de 2024

O Low Pressure Fitness utiliza a respiração para melhorar a postura e a região do core


O Low Pressure Fitness (LPF) vem conquistando cada vez mais espaço no mundo fitness, especialmente pela promessa de alcançar o tão desejado "abdômen negativo". Embora o apelo estético do LPF seja inegável, seus supostos benefícios para a saúde também atraem grande interesse.

“O LPF é basicamente um sistema de movimento abrangente que trabalha os músculos do core e do assoalho pélvico por meio de posturas e técnicas de respiração conhecidas como hipopressivas”, conta o especialista em fisiologia do exercício, Felipe Kutianski. “Esses exercícios têm como objetivo reduzir a pressão nas regiões abdominal e pélvica, melhorar a postura, otimizar a respiração e, consequentemente, afinar a cintura”, diz.

Mulheres no puerpério também fazem parte do grupo de pessoas interessadas pela prática, devido a sua proposta de trabalho na redução da diástase abdominal e disfunções do assoalho pélvico. “Exercícios hipopressivos podem ser grandes auxiliares na recuperação pós-parto e na melhora do cenário de prolapso de órgãos pélvicos. Contudo, é importante combinar a prática com um programa abrangente de exercícios de treinamento resistido e com acompanhamento profissional capacitado”, aponta.

Felipe Kutianski explica que, apesar de muitas pessoas relatarem os resultados positivos do LPF, os benefícios defendidos pela prática ainda dependem de maior comprovação científica. “O trabalho de reeducação postural foi desenvolvido em 1981 por Philippe Emmanuel Souchard, baseado nos estudos de Françoise Mézières, e é conhecido como RPG (Reeducação Postural Global). O LPF enfatiza a ativação dos músculos estabilizadores posturais, mas a sua eficácia e aplicabilidade técnica não são inovadoras ou revolucionárias, já que exercícios hipopressivos são utilizados há muitos anos através de pranayamas dentro do yoga”, complementa o especialista.


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