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Ingerir bastante água, evitar locais com ar-condicionado e reduzir o tempo de exposição às telas ajudam a minimizar a síndrome do Olho Seco que afeta 18 milhões de brasileiros
O
Brasil enfrenta a pior seca da história do país. Um levantamento da empresa de
meteorologia MetSul apontou que grande parte do país registra atualmente níveis
de umidade do ar menores que as do Saara, no norte da África. Essa má condição
contribui para o aumento nos diagnósticos do Olho Seco, doença ocular que tem
os casos agravados com a baixa umidade do ar e pelo aumento da poluição. Alguns
dos sintomas são ardência, lacrimejamento, vermelhidão, secura, sensação de
areia nos olhos, sensibilidade à luz e embaçamento visual.
A Dra. Myrna Serapião dos Santos, oftalmologista, especialista em
doenças da superfície ocular e córnea e diretora técnica do H.Olhos, hospital
de olhos da rede Vision One em São Paulo, recomenda adotar 5 cuidados para
prevenir a condição:
- ingerir bastante água para auxiliar na lubrificação dos olhos e
protegê-los do ressecamento;
- evitar permanecer em locais com ar-condicionado, pois o ar fica
mais seco e acelera a evaporação da lágrima;
- reduzir o tempo diante de telas (notebook, computador, tablet ou
celular) para prevenir a fadiga dos olhos e redução da umidade na superfície
ocular;
- utilizar óculos de proteção em ambientes externos para proteger
a visão dos raios solares, do vento e das impurezas do ar;
- ligar o umidificador sempre que o clima estiver seco a fim de
evitar a secura dos olhos.
A Síndrome do Olho Seco é caracterizada pela lubrificação inadequada da
superfície dos olhos, que ficam desprotegidos contra agentes externos, como a
poeira. Ocorre uma disfunção do filme lacrimal, produzido pelas glândulas
lacrimais, e a quantidade insuficiente de lágrima causa o ressecamento da
superfície do olho.
"Ao apresentar sinais de olho seco é fundamental nunca tratar por conta
própria e consultar um especialista para que investigue a causa do problema e
avalie a necessidade de receitar um lubrificante ocular ou colírios
anti-inflamatórios e imunomoduladores, para os casos de maior gravidade",
orienta a Dra. Myrna Serapião dos Santos.
A Síndrome do Olho Seco pode ter relação com o envelhecimento, alterações hormonais, com o uso de medicamentos, com lesões oculares ou doenças autoimunes. O tratamento é indicado após a identificação da causa do distúrbio e por se tratar de uma doença crônica, o paciente deverá ter acompanhamento oftalmológico para afastar o risco de lesões na córnea.
"No Brasil, aproximadamente 18 milhões de pessoas têm o
diagnóstico de Síndrome do Olho Seco, sendo essa uma das doenças oculares mais
comuns. Tratar corretamente previne o comprometimento da visão e melhora a
qualidade de vida do paciente", complementa a oftalmologista.
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