Digitalização. Essa pode ser considerada a palavra
da vez, tendo em vista a atual era da transformação digital que temos vivido
dia após a dia, e que tem impulsionado as organizações, cada vez mais, a
investirem em recursos que apoiem na gestão do negócio. Dentre tantas opções
favoráveis a essa missão, o ERP (Enterprise Resource Planning), sem dúvidas, é
a melhor. No entanto, antes da sua adoção, é necessário realizar ações
importantes.
Embora alguns possam achar que esse movimento do mercado
se trata de uma novidade, na prática, ele já começou há anos. Isso é, o boom da
digitalização ocorreu durante a pandemia, uma vez que, com as medidas
restritivas, as organizações compreenderam a necessidade de investir em
recursos que garantissem o fluxo operacional.
Como exemplo do resultado desse investimento, hoje,
anos após o fim da crise sanitária, de acordo com a pesquisa realizada pela
Opinion Box em parceria com a Ploomes, 68% das empresas B2B no Brasil se
tornaram mais digitais e, desse número, 61% se consideram com alto ou muito
alto nível de maturidade digital, o que sinaliza uma mudança significativa no
cenário empresarial do país.
Não há como negar o avanço que as empresas
obtiveram nos últimos anos, utilizando ferramentas que apoiam nas operações no
dia a dia. Entretanto, uma vez superado esse obstáculo, uma outra dor vem
tomando conta do empresariado: como saber onde implementar, estrategicamente,
tudo o que foi adquirido?
Até porque, mais do que adquirir uma ferramenta é
necessário, antes, realizar o mapeamento a fim de conhecer a fundo os
processos, identificar gargalos para localizar as dores do negócio e
identificar quais são os pontos de dificuldade, sejam áreas ou processos que
precisam ser solucionados. É, justamente, a falta desse diagnóstico que têm
levado diversas empresas a dúvidas e incertezas quanto a adoção de um ERP,
visto que não atingem resultados satisfatórios.
É importante destacar que mesmo um ERP tendo
embarcado as melhores práticas do mercado, dificilmente, irá ter uma boa
execução sem que haja um alinhamento prévio que auxilie na identificação e
obtenção de métricas que contribuam para a melhor visualização e gestão da
empresa. Desta forma, antes de aderir ou migrar de um software de gestão, é
essencial ter estabelecido quatro pilares fundamentais: visão, valores, riscos
e adoção de melhores práticas.
A partir desse alinhamento, torna-se possível
eliminar incertezas e gargalos que prejudicam o bom desempenho do ERP.
Certamente, esse não é um caminho fácil, considerando o fato de que se trata de
uma abordagem a qual envolve diversas áreas, tornando necessário revisitar
processos e realizar adequações sistêmicas que permitam o bom funcionamento do
software.
Quanto a isso, contar com o apoio de uma
consultoria especializada nessa abordagem é uma excelente estratégia. Afinal, o
time de especialistas, ao fazer uma análise adequada do negócio, irá
identificar se a empresa está preparada ou não para um sistema de gestão, bem
como executar pré-serviços que antecipem a jornada, guiando para tomadas de
decisões efetivas.
Esse processo pré implementação é crucial para
ajudar a empresa a trilhar um caminho rumo à inovação e eficiência, tendo
atribuídas as melhores práticas atreladas ao uso de um sistema robusto. Além
disso, a organização, além de acompanhar o movimento de transformação digital,
também pode expandir o investimento em projetos Pesquisa, Desenvolvimento e
Inovação (PD&I), e obter incentivos fiscais através da Lei do Bem (Lei nº
11.196/2005).
Tendo em vista o avanço da tecnologia com a
Inteligência Artificial (IA) e a chegada de novas tendências, cresce a
necessidade de as organizações investirem em estratégias que venham ao encontro
do propósito do negócio, e que favoreçam no ganho de competitividade.
Para isso, é crucial que as empresas, desde já,
aprimorem suas técnicas, bem como alinhem sua gestão de modo que se
complementem ao uso do ERP. Afinal, mais do que um facilitador, a tecnologia
deve ser vista com um elemento estimulante, que abra espaço para a conquista de
novos resultados. Sendo assim, se a empresa está estagnada, mesmo utilizando
ferramentas, é hora de analisar esse cenário e encontrar os diferenciais. Até
porque, mais do garantir uma boa posição na competição, é preciso assegurar a
sobrevivência das operações.
Beatriz Domingues - gerente de produtos e alianças da G2.
G2
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