segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Dia Mundial de Conscientização do Linfoma alerta para a importância da detecção precoce da doença

Condição afeta mais de 15 mil brasileiros a cada ano


Cerca de 70% da população mundial desconhece o que são linfomas, um tipo de câncer que acomete o sistema linfático ou imunológico, conforme revelam dados da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH). Esses cânceres são mais comuns em pacientes entre 15 e 30 anos e naqueles acima dos 60 anos. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) prevê que mais de 15 mil brasileiros serão diagnosticados com linfoma anualmente entre 2023 e 2025, reforçando a necessidade de conscientização sobre a doença. 

A hematologista Lisa Aquaroni Ricci, do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), explica que atualmente são reconhecidos mais de 50 subtipos diferentes de linfomas, cada um com características, prognósticos e tratamentos específicos. 

"É um câncer que se origina das células do sangue chamadas linfócitos (glóbulos brancos que fazem parte do sistema de defesa do organismo) e pode afetar diversos locais do corpo, como gânglios, pele, aparelho digestivo, mamas, testículos e até mesmo o sistema nervoso central", explica a médica.

 

Como identificar e tratar 

Dra. Lisa ressalta que os sintomas variam conforme o local e órgão acometido, mas a maioria dos linfomas também está associada a emagrecimento, sudorese noturna e febre vespertina. O diagnóstico é confirmado por meio de biópsia do local afetado. Existem diversos fatores de risco para o desenvolvimento de linfomas. "Alguns estão associados a infecções virais (HIV, hepatite C e HTLV), radiação ionizante, doenças autoimunes e estados de imunossupressão", esclarece a hematologista. 

A especialista enfatiza que consultas médicas regulares e exames de rotina são fundamentais para identificar problemas de saúde, incluindo linfomas em estágios iniciais. O tratamento varia conforme o tipo de linfoma e pode incluir quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, transplante de medula óssea e terapia celular. "Cada modalidade terapêutica é individualizada de acordo com o subtipo de linfoma, idade do paciente e comorbidades", finaliza a médica.
 

 Instituto de Oncologia de Sorocaba

 

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