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Coceira intensa, quase insuportável, resulta em impactos
psicológicos
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Faixa etária ampliada para uso de
imunobiológicos é uma das novidades no tratamento
· 23/09 – Dia de Conscientização da Dermatite Atópica
A dermatite atópica, também conhecida como eczema atópico, é uma condição crônica da pele que afeta cerca de 15% a 20% das crianças e 3% A 7% dos adultos globalmente. No Brasil, estima-se que a prevalência siga uma tendência semelhante à média mundial, com uma incidência maior em crianças.
Resultante de uma
combinação de fatores genéticos, ambientais e imunológicos, o paciente com
dermatite atópica apresenta sintomas que geralmente incluem:
· Coceira
intensa, quase insuportável
· Pele
seca e escamosa, propensa a fissuras
· Inflamação
da pele e vermelhidão
· Erupções
cutâneas que podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas são mais comuns nas
dobras dos cotovelos, joelhos e pescoço.
“A base do
tratamento da dermatite atópica é a hidratação da pele, usando cremes e pomadas
emolientes que ajudam a reter a umidade, na tentativa de controlar a doença e
prevenir as crises. Tomar banho com água morna e usar sabonetes indicados para
o tipo de pele do paciente”, recomenda Dr. Evandro Prado, Coordenador do
Departamento Científico de Dermatite Atópica da Associação Brasileira de
Alergia e Imunologia (ASBAI).
Avanços
no tratamento - Nos últimos anos, avanços
significativos foram feitos no tratamento da dermatite atópica, com o
desenvolvimento de novas medicações. Além dos corticosteroides tópicos, usados
para reduzir a inflamação e aliviar a coceira, os imunobiológicos se mostraram
eficazes no controle da dermatite atópica, por exemplo, o dupilumabe, uma opção
para casos moderados a graves.
“Destaco a
aprovação dos medicamentos abrocitinibe e upadacitinibe pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esses medicamentos são um inibidor
de JAK, uma proteína envolvida no processo inflamatório da doença. Eles são
indicados para pacientes com 12 anos ou mais que necessitam de terapia além dos
tratamentos tópicos convencionais. Estudos clínicos demonstraram que
abrocitinibe pode proporcionar alívio rápido dos sintomas, como a coceira intensa,
com melhora já nos primeiros dias de uso”, explica Dr. Evandro Prado.
Outra novidade,
trazida pelo Coordenador de Dermatite Atópica da ASBAI, é a ampliação do uso do
dupilumabe, um tratamento já conhecido, agora autorizado para crianças a partir
de 6 meses de idade.
Acompanhamento
Psicológico: As alterações na aparência da pele e a
coceira persistente comprometem a qualidade de vida e provocam mudanças do
comportamento, alterações do humor e do sono, isolamento social, que impactam o
bem-estar emocional, podendo levar à ansiedade e depressão.
“É muito importante ter a certeza do diagnóstico correto feito pelo especialista, levando em consideração a gravidade dos sintomas, a idade do paciente e seu histórico clínico”, finaliza o Coordenador do Departamento Científico de Dermatite Atópica da ASBAI.
ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
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