Médico oftalmologista explica
Amanhã,
dia 6 de setembro ,é comemorado o dia da Conscientização do Daltonismo.
O daltonismo também é chamado de discromatopsia, é uma condição genética que altera a capacidade de percepção das cores. “Pacientes daltônicos apresentam dificuldade em distinguir certas cores. Diferente do que muitos pensam, a grande maioria não enxerga o mundo “preto e branco” e os casos mais comuns são dificuldades em diferenciar vermelho e verde”, explica Dr. Rogério Ferrari, Oftalmologista do Centro Médico Pastore ( RJ).
O impacto pode ser desde um inconveniente na vida pessoa. “ Há a dificuldade para escolher roupas que combinem ou interpretar mapas ou gráficos coloridos; até impactos mais sérios, já que algumas profissões requerem a distinção precisa de cores, como pilotos, eletricistas ou designers gráficos. Além disso, os pacientes podem apresentar, por exemplo, dificuldade na identificação dos sinais semafóricos, embora o daltonismo não impossibilite a obtenção da CNH”, explica o médico.
A
doença é hereditária e ligada ao cromossomo X, dessa forma, é mais comum em
homens do que em mulheres. “Afeta cerca de 8% dos homens e apenas 0,5% das
mulheres. Apesar de menos comuns e mais raro, o daltonismo pode ser adquirido
ao longo da vida por doenças oculares ou lesões”, detalha o oftalmologista
.
“Temos
três tipos principais, que alteram a percepção das cores de maneiras
diferentes, variando também sua gravidade de acometimento. São eles:
-Deuteranopia:
afeta a percepção da cor verde;
-Protanopia:
a forma mais comum, paciente tem dificuldade com o vermelho;
-Tritanopia:
menos comum, afeta a percepção do azul”, destaca Dr. Rogério
Ferrari.
Geralmente
o diagnóstico é realizado por meio de testes de visão das cores, “sendo o mais
comum o Teste de Ishihara, em que a pessoa precisa identificar números ou
formas em imagens compostas por pontos coloridos. Existem ainda outros exames
complementares para confirmar o diagnóstico”, explica.
“Infelizmente, não existe cura para o daltonismo, porém dispomos de soluções que melhoram a qualidade de vida, como lentes de contato ou óculos com lentes especiais que realçam a percepção das cores. Além disso, temos o suporte das tecnologias com aplicativos de celular que identificam cores e adaptam ambientes digitais. Ainda posso citar o sistema de identificação de cores chamado ColorAdd, um sistema que representa uma forma universal de se comunicar o nome de cada cor. O sistema cataloga cada cor com um símbolo, auxiliando os daltônicos a 'enxergar' as cores de forma simples”, destaca Dr. Rogério.
Rogério Ferrari - Oftalmologista do Centro Médico Pastore. Especialista em Catarata pela USP-SP
CRM 109074-7-RJ / RQE 35355
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