sábado, 28 de setembro de 2024

Coringa 2 - Folie à Deux: Conheça a síndrome psiquiátrica que dá nome ao novo filme de Joaquin Phoenix e Lady Gaga

Foto Ilustrativa 
Reprodução – Divulgação
Esse transtorno faz com que um grupo de pessoas “compartilhem” delírios, afirma o médico psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento

 

A sequência do filme de sucesso “Coringa”, lançada neste dia 3, continua contando a trajetória de um dos vilões mais famosos da história, agora trazendo a sua companheira “Arlequina”, interpretada por Lady Gaga. 

Na trama, o casal irá se conhecer e ambos irão sofrer de um transtorno psiquiátrico raro e pouco conhecido que dá nome ao filme, o “Folie à Deux”. Entenda mais sobre ele.

 

O que é Folie à Deux?

Folie à deux é um termo francês que descreve um transtorno raro em que duas pessoas compartilham a mesma ilusão ou delírio, ele ocorre geralmente  em relacionamentos muito próximos, como entre casais, irmãos ou amigos íntimos, onde uma pessoa influencia a outra a adotar suas crenças irracionais. 

 

Como ele ocorre?

De acordo com o médico psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento, a condição é considerada rara e foi descoberta há pouco tempo. 

O transtorno, que em português traduz-se como ‘loucura a dois’, é um condição considerada rara e documentada há relativamente pouco tempo em relação a outros distúrbios psiquiátricos”, explica. 

O fenômeno é mais comum quando há isolamento social e pouco contato com o ambiente exterior. O transtorno pode levar a comportamentos perigosos e é diagnosticado por psicólogos ou psiquiatras após observarem a interação entre os envolvidos.

 

Como é feito o tratamento?

Segundo o Dr. Flávio H. Nascimento, o tratamento ainda é escasso, mas a separação dos indivíduos afetados e a psicoterapia são os principais. 

“Por ser uma condição rara e relativamente nova, os tratamentos ainda são muito limitados, sendo a separação dos dois indivíduos a principal abordagem usada em casos do tipo. Essa medida tende a ser mais eficaz para a pessoa "secundária", que foi influenciada pelo delírio”. 

“O "indutor", por outro lado, geralmente precisa de internação, psicoterapia individual e familiar, além de tratamento com medicamentos de acordo com o seu caso”, explica Dr. Flávio. 

 

Dr. Flávio H. Nascimento - formado em medicina pela UFCG, com residência médica em psiquiatria pela UFPI e mais de 10 anos de experiência na área de psiquiatria. Diagnosticado com superdotação, tem 131 pontos de QI o que equivale a 98 de percentil e é membro do CPAH - Centro de Pesquisa e Análises Heráclito como pesquisador auxiliar.


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