Especialista comenta situações em que é fundamental a participação de um profissional para suporte e bem-estar do paciente
A
fisioterapia é uma área da saúde que utiliza o movimento e o exercício terapêutico,
juntamente com técnicas manuais e equipamentos específicos, para tratar lesões
e outras condições que afetam a capacidade física e funcional de uma pessoa,
com o objetivo de promover a saúde e a qualidade de vida dos pacientes.
Segundo Marcela Belchior, coordenadora assistencial do São
Cristóvão Saúde, responsável pela fisioterapia hospitalar da Instituição,
dentre as
principais indicações de fisioterapia, estão situações como:
- Pré e Pós Cirurgias: pacientes que serão submetidos a cirurgias podem se beneficiar da fisioterapia para preparação do corpo, da condição muscular e cardiopulmonar, levando a maior condicionamento físico, de modo a estarem mais condicionados às intervenções cirúrgicas. “Quando mais preparados, atingem uma melhor recuperação, mais rápida e possivelmente com menor chance de complicações”, explica Marcela.
No pós-operatório, contribuem para retomo de suas rotinas diárias
mais rapidamente. Essas atividades após cirurgia são fundamentais para ganho de
força muscular, de mobilidade articular, de equilíbrio e de condições
cardiorrespiratórias. Ou seja, terão uma recuperação mais rápida, com melhor
mobilidade e com maior prevenção de contratempos.
- Períodos Prolongados de Internação: o confinamento prolongado de uma internação
leva a uma perda de musculatura, de mobilidade articular e equilíbrio, e
diminuem a independência do individuo. “Ao se tratar de um paciente acamado,
podemos ter complicações como úlceras de pressão e atrofia muscular, além de um
declínio da condição cardiovascular e a coordenação dos movimentos”, enfatiza a
especialista, salientando que a fisioterapia auxilia na manutenção dos
processos fisiológicos.
- Unidades de Terapia Intensiva (UTI): pacientes internados em UTI, já com
quadro de maior gravidade, com propensão a maiores complicações e maior tempo
de internação, o suporte ajuda a manter a função pulmonar, prevenir infecções
respiratórias e melhorar a mobilidade. “Quando paciente está ligado ao
ventilador mecânico, o fisioterapeuta auxilia a programação do aparelho a
níveis mais fisiológicos, até a saída do paciente para respiração espontânea,
ou seja, sem auxílio de aparelhos até sua alta hospitalar”, complementa
Marcela.
- Alterações na Mobilidade: qualquer condição que afete a mobilidade do paciente pode ser tratada com fisioterapia. “O fisioterapeuta avalia, desenvolve e implementa procedimentos adequados para cada caso, desde o paciente acamado até o que precisa melhorar seu condicionamento físico ou respiratório”. Ainda segundo Marcela, a baixa mobilidade pode causar muitas complicações, com úlceras, pneumonia, trombose, rigidez articular, sarcopenia, entre outros problemas, sendo vital a participação de um profissional.
“Além disso, sinais clínicos como sintomas ou questões durante a terapia
sempre devem ser levados em consideração, assim como a participação dos
familiares, para adesão do paciente ao tratamento proposto, garantindo a
sucesso e segurança na reabilitação”, finaliza a especialista.
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