sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Férias silenciosas: entenda como funciona novo ‘modelo de trabalho’ que virou tendência no mercado

Segundo uma pesquisa realizada pela The Harris Poll, 40% dos millenials assumiram tirar férias sem avisar os gestores

 

Depois da demissão silenciosa chegou a vez das férias ou como está sendo chamada "hush-cations" que é quando os colaboradores viajam ou tiram pausas longas sem avisar a empresa e se posicionam como se estivessem trabalhando normalmente. Esse novo ‘modelo de trabalho’ virou uma tendência no mercado e dividiu opiniões.  

As famosas ‘férias silenciosas’ se popularizaram durante a pandemia, quando muitos optaram por trabalhar em locais turísticos para equilibrar o trabalho e o lazer. De acordo com uma pesquisa realizada em maio pela The Harris Poll, com foco em funcionários dos Estados Unidos, cerca de 40% dos millenials assumiram tirar "férias silenciosas" e 37% afirmaram tiram folgas ou pausas ao longo do dia sem avisar ninguém e dependendo do nível de vigilância, utilizam inclusive programas para mexer o mouse sozinho ou teclar alguma coisa aleatoriamente. 

Segundo a especialista em Recursos Humanos e diretora da POP RH, Ana Carolina Ribeiro Guerra, as férias silenciosas não são um formato de trabalho, mas uma postura do profissional e podem trazer prejuízos tanto para empresa quanto para o colaborador. “Caso haja a possibilidade de viajar para outros lugares no trabalho remoto, precisa-se ter clareza de que não se está de férias, ou seja, seu horário de trabalho e suas entregas precisam ser cumpridas”, afirma a especialista, pontuando os prós e contras do trabalho remoto.  

“O lado bom é que o trabalho remoto te proporciona trabalhar em qualquer local, aumentando a qualidade de vida do colaborador e "teoricamente" a produtividade. Mas também existem aqueles profissionais que estão burlando o sistema e não trabalham em suas viagens, deixando de produzir e minando a confiança que construiu com a empresa. Estes colaboradores passam a ser observados pelos gestores e avaliados como de má conduta”, ressalta Ana Carolina.


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