quinta-feira, 1 de agosto de 2024

8 estratégias para diminuir o turnover em uma empresa

Imagem de Rosy
 Bad Homburg / Germany
Pixabay

A alta taxa de turnover, ou rotatividade de funcionários, é um desafio significativo para muitas empresas, independentemente do porte. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), em levantamento feito pela Robert Half, revelam que o Brasil registrou 56% de aumento no turnover no final de 2022, colocando o país com o maior índice de rotatividade de funcionários em todo o mundo.

 

A rotatividade frequente pode ser onerosa, disruptiva e impactar negativamente a moral dos funcionários restantes. Reduzir a taxa de turnover requer uma abordagem multifacetada - inclui desde a melhoria das condições de trabalho, até a promoção de um ambiente positivo. Algumas estratégias incluem:

 

- Contratação adequada: é importante que os novos contratados se ajustem bem à cultura da empresa e possuam as habilidades necessárias para o trabalho;


- Programa de integração: se bem estruturado, ajuda os novos funcionários a se adaptarem mais rapidamente e a se sentirem parte da equipe desde o início;


- Oportunidades de desenvolvimento: oferecer iniciativas de crescimento pode manter os funcionários engajados e motivados;


- Reconhecimento: isso pode incluir bônus, aumentos salariais ou até mesmo simples elogios;


- Promoção de cultura de trabalho positiva e inclusiva: criar um ambiente em que os funcionários se sintam valorizados e respeitados é essencial;


- Incentivo à comunicação aberta e transparente: facilitar a comunicação entre a liderança e os funcionários pode promover um ambiente mais colaborativo;


- Apoio ao equilíbrio entre vida profissional e pessoal: políticas de licença flexíveis e promoção da saúde mental podem ajudar a manter um bom equilíbrio;


- Revisão e ajuste regular de pacotes de remuneração: garantir que os pacotes de remuneração estejam alinhados com o mercado e recompensem adequadamente o desempenho é fundamental.

 

Para pequenas, médias e grandes empresas, as abordagens podem variar. No caso de empresas pequenas, a oferta de horários de trabalho flexíveis e opções de trabalho remoto, quando possível, pode ser interessante. A cultura de trabalho acolhedora e colaborativa e o sistema de feedbacks contínuos podem ser mais facilmente implementados em empresas com menor número de colaboradores.

 

Quando falamos de médias empresas, uma sugestão é a oferta de pacotes de benefícios que incluem seguro de saúde, programas de bem-estar e outras vantagens. Além disso, o desenvolvimento de um plano de carreira é essencial para que os funcionários consigam ver um futuro na empresa. Por fim, é recomendável a realização contínua de pesquisas de satisfação dos funcionários, para que se tomem medidas com base no feedback recebido.

 

A abordagem para grandes empresas inclui, principalmente, o desenvolvimento da alta liderança. É essencial que os gestores estejam preparados para liderar sua equipe de maneira eficaz. O fomento a oportunidades de mobilidade interna também pode ser uma boa estratégia, para que os funcionários tenham a chance de explorar diferentes carreiras dentro da empresa. Políticas de diversidade e inclusão criam um ambiente de trabalho mais equitativo e atraente.

 

Reduzir turnover é um processo contínuo; requer uma análise cuidadosa das causas subjacentes. As empresas devem coletar dados por meio de entrevistas de saída e pesquisas de clima organizacional para entender melhor os motivos pelos quais os funcionários estão saindo. Com base nessas informações, é possível desenvolver estratégias personalizadas para abordar esses problemas específicos.

 

Este desafio exige esforço e compromisso. Ao implementar as estratégias adequadas para o porte da empresa e focar na criação de um ambiente de trabalho positivo e de suporte, as organizações podem não apenas reter seus talentos, mas também construir equipes mais engajadas e produtivas.

 



Virgilio Marques dos Santos - sócio-fundador da FM2S Educação e Consultoria, gestor de carreiras, doutor, mestre e graduado em Engenharia Mecânica pela Unicamp e Master Black Belt pela mesma Universidade. Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da Unicamp, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.


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