segunda-feira, 8 de julho de 2024

Tempo mais seco do inverno aumenta o risco de alergia ocular

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Oftalmologista do H.Olhos diz quais são os principais gatilhos e o que pode ser feito para aliviar os sintomas

 

10 de Julho é o Dia Nacional da Saúde Ocular e as pessoas propensas a reações alérgicas, como a rinite, são as principais vítimas de alergias nos olhos no período do inverno. Os principais sintomas são coceira e vermelhidão, que sem o tratamento adequado podem evoluir para complicações oculares mais graves. 

De acordo com o oftalmologista e especialista em córneas, Dr. Pedro Antônio Nogueira Filho, chefe do Pronto-Socorro do H.Olhos Paulista, "a baixa umidade do ar, as elevadas concentrações de fuligem e as oscilações de temperatura são os principais gatilhos da alergia ocular nesta época do ano". 

O médico recomenda alguns cuidados para proteger os olhos de alergias e aliviar a irritação, em caso de manifestação dos sintomas: 

- fazer a higiene adequada das mãos com água e sabão e da região da face, para eliminar poluentes capazes de gerar quadros alérgicos; 

- realizar compressas frias de água filtrada sobre a região das pálpebras e do rosto, com o uso de uma gaze ou algodão, para aliviar a sensação de prurido. 

Bastante comuns, as alergias oculares também podem ser causadas pelo uso frequente de maquiagem, de tintura nos cabelos e até de esmalte ao manusear a região da pálpebra e dos olhos, mesmo após a secagem das unhas. 

“Esses produtos podem gerar quadros de intolerância e padrão inflamatório alérgico que pode ser agudo ou se manifestar de forma progressiva, de acordo com o número de vezes que a pessoa ficou exposta aos elementos da formulação”, esclarece o Dr.Pedro. 

O especialista chama a atenção para medidas de proteção dos olhos durante o uso de cosméticos: 

- utilizar somente produtos que não causem intolerância e evitar excessos quanto à quantidade e a frequência do uso; 

- antes de dormir, fazer a higiene adequada para remover a maquiagem; 

- no processo de tintura dos cabelos, evitar o contato da formulação com a região da face e dos olhos. 

Outro cuidado é durante a limpeza da casa. "Desinfetantes mais potentes podem provocar transtornos à pele do tipo queimadura química, além de outras alterações inflamatórias com potencial de dano significativo aos olhos", alerta o médico, que orienta proteger eventuais áreas expostas e utilizar óculos de proteção. 

Em caso de sintomas como irritação, olhos lacrimejantes, ardência ou secreção é importante evitar a automedicação. O ideal é sempre consultar um especialista para que ele possa indicar o tratamento correto, a fim de evitar consequências mais graves para a saúde ocular.


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