Para
especialista, o descanso adequado beneficia não apenas os educadores, mas
também a experiência de aprendizagem de seus alunosFoto: banco de imagem
De acordo com dados obtidos através da Lei de Acesso à Informação,
a rede estadual de ensino de São Paulo registrou, nos seis primeiros meses de
2023, mais de 20 mil professores afastados por questões relacionadas à saúde
mental. O número indica um aumento de 15% em comparação ao mesmo período de
2022.
Diante disso, não só para os alunos, as férias escolares
tornaram-se tempo importante na rotina dos professores, proporcionando um
espaço para descanso após intensa dedicação ao planejamento de aulas, condução
de atividades e atendimento direcionado às necessidades individuais dos
estudantes. O recesso, inclusive, possibilita uma melhora considerável
justamente na saúde física e mental dos docentes.
Para Vanessa Codecco, head pedagógica da Rhyzos Educação,
detentora do sistema de ensino bilíngue Twice, os benefícios de aproveitar este
descanso são diversos: “O professor tem esse direito das férias e precisa
aproveitá-la como tal. Isso vai além de descanso e cuidado com a saúde, também
engloba atualização, desenvolvimento profissional, reflexão, planejamento para
o retorno do ano letivo, fortalecimento de relações pessoais e recarga da
criatividade”.
Ainda conforme a head pedagógica, esses fatores podem auxiliar no
retorno à sala de aula de uma forma mais leve, rica, disposta e preparada para
promover à turma acadêmica um ensino de qualidade e com mais inovações,
expandindo o conhecimento da turma.
“Algumas experiências que podem contribuir para a restauração
física e mental dos docentes nesse período incluem prática de caminhadas ao ar
livre, preferencialmente em contato com a natureza, desenvolvimento de algum
hobby e, até mesmo, viajar para explorar novos lugares e culturas”, complementa
Vanessa.
Tal importância do recesso também é sentida com o aumento do
estresse por parte dos educadores. Um levantamento realizado pelo instituto de
pesquisa Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) mostrou que, pelo menos,
71% dos professores brasileiros estão estressados pela sobrecarga de trabalho.
“No
fim das contas, a garantia de descanso adequado beneficia não apenas os
próprios docentes, mas também a experiência de aprendizagem que eles são
capazes de entregar aos seus alunos”, finaliza a head pedagógica.
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