Após a confirmação inédita do Ministério de Saúde, ontem (25), de
duas mortes por Febre do Oropouche (FO) na Bahia, acendeu um alerta em todo o
país sobre o risco de surto da doença em outras regiões. Neste ano, já foram
registrados 7.236 casos em 20 estados brasileiros, sendo a maior parte foi no
Amazonas e Rondônia. O número representa um aumento de mais de 700% comparado a
2023.
A doença é transmitida, principalmente, pelo mosquito “maruim” ou
“mosquito-pólvora”, contaminado pelo vírus da Febre do Oropouche. Esse inseto é
mais típico de áreas de florestas, como a região Amazônica. “Para que haja um
surto no país, ele tem que se adaptar a outras regiões. O crescimento de
estados com casos registrados são sinais preocupantes nesta direção”, alerta o
infectologista do Hcor, Dr. Guilherme Furtado.
Os sintomas da Febre do Oropouche são parecidos com os da dengue e
da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e
diarreia. “É muito importante buscar ajuda médica para realizar o diagnóstico
preciso. Ainda que a FO não tenha tratamento específico, é preciso realizar o
diagnóstico precoce para evitar complicações, principalmente óbitos”, ressalta
o especialista.
A prevenção é feita, principalmente, se possível, evitando áreas em que há uma incidência maior do mosquito, usando roupas que cubram a maior parte do corpo, usando repelente nas áreas expostas e removendo possíveis criadores de mosquitos em casa, como água parada e folhas acumuladas.
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