Seconci-SP alerta sobre
tumores de cabeça e pescoço, alvo da Campanha Julho Verde
O
câncer de boca é um dos tumores de cabeça e pescoço que pode se desenvolver de
forma silenciosa, sem apresentar sinais visíveis. Entretanto, quando
diagnosticado precocemente, são grandes as chances de sucesso no tratamento e
cura. Daí a importância de a pessoa consultar imediatamente o dentista, se
observar alguns sinais na boca.
As recomendações são da dra.
Tamara Pupo Nishijima Massagardi, dentista do Seconci-SP (Serviço Social da
Construção), por ocasião da campanha Julho Verde, de conscientização mundial
sobre os tumores de cabeça e pescoço.
A dra. Tamara explica que o
autoexame bucal consiste em procurar sinais tais como: mudanças na aparência
dos lábios e da porção interna da boca, como endurecimentos, caroços,
sangramentos e áreas dormentes; áreas irritadas debaixo de próteses (dentaduras
ou pontes móveis); partes esbranquiçadas ou avermelhadas nas gengivas; feridas
que não cicatrizam em duas semanas; dentes quebrados ou amolecidos. “Caso você
note algum desses sinais, procure logo o especialista”, reforça a profissional.
“O câncer de boca pode se
desenvolver nos lábios, gengivas, bochechas, céu da boca ou na língua. No
Brasil, a doença atinge atualmente cerca de 15 mil pessoas todos os anos”.
Em estágios mais avançados,
os sintomas do câncer de cabeça e pescoço se tornam perceptíveis e facilmente
identificáveis, especialmente nas áreas da boca, seios paranasais, nariz e
garganta. Os principais sintomas incluem feridas que não cicatrizam, nódulos no
pescoço, dificuldades para engolir, manchas brancas nas gengivas, rouquidão
persistente e nódulos na língua, prossegue a dentista.
De acordo com o Inca
(Instituto Nacional do Câncer), entre 35 mil e 40 mil brasileiros são
diagnosticados com câncer de cabeça e pescoço a cada ano. Essa condição é o
segundo tipo de câncer mais comum em homens, o quinto em mulheres e o sétimo no
ranking geral de incidência no Brasil. Os tumores podem surgir na boca,
tireoide, na garganta, na laringe, na faringe, nas glândulas salivares e na
região de seios paranasais. Segundo o Inca, o diagnóstico de quase 60% dos
casos de câncer de cabeça e pescoço ainda é realizado tardiamente.
Fatores de risco
A dra. Tamara elenca os
fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento da doença:
·
tabagismo: quem fuma cigarro ou utiliza
outros produtos derivados do tabaco – como cigarro de palha, de Bali, de cravo
(kretek), fumo de rolo, tabaco mascado, charutos, cachimbos e narguilé – tem
risco muito maior de desenvolver câncer de boca e de faringe do que não
fumantes; e quanto maior o número de cigarros fumados, maior o risco;
·
consumo de bebidas alcoólicas;
·
exposição ao sol sem proteção, risco
importante para o câncer de lábios;
·
excesso de gordura corporal, aumenta o risco
de câncer de boca;
·
exposição a óleo de corte, amianto, poeira de
madeira, poeira de couro, poeira de cimento, de cereais, têxtil e couro,
amianto, formaldeído, sílica, fuligem de carvão, solventes orgânicos e agrotóxicos
está associada ao desenvolvimento de câncer de boca. Os trabalhadores da
agricultura e criação de animais, indústria têxtil, de couro, metalúrgica,
borracha, construção civil, oficina mecânica, fundição, mineração de carvão,
assim como profissionais cabeleireiros, carpinteiros, encanadores, instaladores
de carpete, moldadores e modeladores de vidro, oleiros, açougueiros, barbeiros,
mineiros, canteiros, pintores e mecânicos de automóveis podem apresentar risco
aumentado de desenvolvimento da doença;
·
infecção pelo vírus HPV, relacionada a alguns
casos de câncer de orofaringe.
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