Especialista dá dicas para evitar que a doença se
agraveDivulgação
O aumento dos
casos de bronquiolite, doença inflamatória dos bronquíolos, tem tirado o sono
de muitos pais e acendido um alerta em especialistas, já que em sua forma mais
grave a doença pode levar a criança à morte. Segundo o médico pediatra,
Dr. Ricardo Abreu, o vírus sincicial respiratório (VSR) ainda é
o responsável pela maioria das transmissões e acomete principalmente crianças
menores de 2 anos.
“A mistura de
secreção e células mortas entopem o bronquíolo, dificultando e até mesmo
impedindo a passagem de ar. Nos casos mais graves, a obstrução é tão numerosa
ou intensa que a criança precisa de suporte ventilatório com oxigênio ou
métodos mais avançados, além de muita hidratação”, afirma o pediatra.
Segundo Dr.
Ricardo, os sintomas iniciais são iguais aos dos resfriados comuns: tosse,
obstrução nasal, coriza e febre baixa. Porém, após 5 ou 6 dias os sintomas se
intensificam, chegando à temida falta de ar. Ela se torna ainda mais perigosa
para evolução negativa em prematuros, portadores de defeitos congênitos no
coração ou problemas pulmonares ao nascimento (broncodisplasicos). Vale
ressaltar ainda que quanto mais jovem o bebê maior as chances de complicações.
Como a
bronquiolite é uma doença secundária ao resfriado comum, algumas medidas devem
ser utilizadas para contato com via respiratória: uso de máscaras em aglomerações,
uso de álcool em gel com frequência e muita hidratação. Para bebês, deve se
evitar principalmente o contato com pessoas fora do núcleo dos pais e da rede
de apoio até os 6 meses.
O pediatra afirma
ainda que para os portadores das doenças de risco de evolução negativa é
disponibilizada pelo Ministério da Saúde uma quimioprofilaxia, que funciona
como uma vacina desde a maternidade. “Na rede particular existe também essa
opção, porém o custo é mais alto. Recentemente, foi aprovada pela Anvisa uma
vacina para gestantes no segundo ou no terceiro trimestre de gestação para
gerar imunidade subsequente ao bebê. Essa também está disponível na rede
particular”, conta Dr. Ricardo.
A doença não se restringe apenas ao inverno. “Na era pré-pandemia, o vírus sincicial respiratório (VSR) tinha uma sazonalidade bem definida que ia basicamente da volta às aulas até o final do inverno. Contudo, essa margem se perdeu e vimos casos até no alto verão, com o vírus em circulação o ano inteiro. Com alguma possibilidade, o período de reclusão afetou o ciclo do vírus e o espalhou pelo ano.”, conclui o pediatra.
Dr. Ricardo Abreu - Médico Intensivista Pediátrico pela Universidade Federal de São Paulo.Médico Pediatra pela Faculdade de Medicina do ABC. Coordenador de estágio de residência médica em pediatria e graduação em Urgências Pediátricas da Faculdade de Medicina do ABC. Entusiasta do atendimento médico individualizado e focado na humanização e bem-estar da criança e da família. CEO da Clínica Sendo Criança - Clínica especializada em atendimento acolhedor, inclusivo e humano
@pediatriahumanizada
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