Presidente do
Sebrae, Décio Lima, afirma que entidade acompanha _pari passu a Reforma
Tributária e ressalta a importância da regulamentação para os pequenos negócios
O Sebrae afirma que regulamentação da Reforma
Tributária é importante para a economia dos pequenos negócios e que está garantida
na proposta a manutenção do Simples Nacional. A expectativa que o Projeto de
Lei Complementar (PLP) 68/2024 seja entregue até o início do recesso
parlamentar. O Sebrae, como um dos representantes do setor que reúne cerca de
95% das empresas de todo o país, tem participado das audiências e garantido as
medidas de apoio aos pequenos negócios.
“A Reforma Tributária é um marco regulatório na
vida do povo brasileiro. Por alguns aspectos, ela vai simplificar, trazer um
ambiente de compreensão clara para toda a sociedade brasileira e facilitar a
vida da grande maioria dos empreendedores, que são os micros e pequenos
negócios. É um grande começo para interromper as distorções históricas que
garantiram privilégios, que estabeleceram regras que foram contaminadas por
influências que não são as desejáveis dos interesses difusos do povo
brasileiro. Por isso, estamos acompanhando a regulamentação pari passu”,
definiu o presidente do Sebrae, Décio Lima.
De acordo com Lima, a legislação vai ajudar a criar
um processo de justiça com a sociedade brasileira. Além de reduzir a fraude, a
sonegação e a inadimplência. “O Brasil sempre conviveu com uma regra absurda.
Os pequenos pagam impostos e os grandes são isentos. Na verdade, no Estado
brasileiro, aquilo que é de políticas públicas, é mantido com o sacrifício dos
pequenos. Estamos juntos para que a gente possa construir esse momento
fundamental da história do nosso país”, disse.
Clique aqui
e assista um depoimento do presidente Décio Lima.
Regulamentação
O Sebrae tem defendido projetos de regulamentação
para proteger os pequenos negócios. O primeiro deles é a extensão do cashback
(devolução de parte dos impostos pago) para os microempreendedores individuais
(MEI).
Além disso, a entidade sugere uma alíquota zero dos
produtos da cesta básica, também para optantes do Simples Nacional. O projeto
em análise na Câmara lista 15 produtos que deverão ser isentos dos novos
tributos na nova cesta básica nacional. Para que as empresas do Simples se
beneficiem dessa alíquota, deverá ser alterada a lei do Simples (Lei
Complementar nº 123/06) que trata da cesta básica. Desta forma, restaurantes e
qualquer estabelecimento que adquira esses produtos da cesta básica devem se
beneficiar.
Outro ponto de ajuste importante é o fim do sublimite para empresas que
faturam entre R$ 3,6 milhões e R$ 4,8 milhões no Imposto sobre Valor Adicionado
(IVA). O Sebrae explica que pela proposta atual, essas empresas recolheriam o
imposto pela alíquota normal de 27,5%. Estamos propondo que o recolhimento
dessa faixa seja dentro do Simples, que representaria uma alíquota efetiva de
até 7%. Ou seja, pagaria menos imposto.
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