A doença de Crohn e a retocolite ulcerativa são as principais representantes das Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs). Mas além destas, podemos citar outras doenças perianais como fístula anal, hemorroida e fissuras; as doenças do intestino como a doença celíaca, a síndrome do intestino irritável, as infecções em geral; além da diverticulite aguda e a colite. “Em geral, e como o próprio nome revela, são condições que inflamam e afetam todo o trato gastrointestinal ou apenas partes específicas, como o cólon e o reto, mas que merecem atenção e cuidado especial, uma vez que existe uma conexão entre estas doenças e aumento no risco de câncer colorretal” – alerta Dr. Lucas Nacif, cirurgião gastrointestinal e membro do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD).
Diante da importância do diagnóstico precoce, o mês de maio passou a ser destinado para conscientização das doenças inflamatórias intestinais (DIIs). Intitulado Maio Roxo, o período chama a atenção para problemas relacionados ao funcionando do sistema digestivo e traz uma reflexão acerca dessa região, uma vez que estudos recentes apontaram a influência que o intestino exerce no funcionamento do corpo como um todo, desde funções vitais simples, até chegar nas emoções podendo ser responsável, inclusive, por transtornos mentais.
“Por isso, qualquer alteração deve ser avaliada e investigada o quanto antes. Muitas pessoas acreditam que é normal ficar dias sem evacuar e acabam procurando ajuda apenas quando estão com o intestino solto demais, a famosa diarreia, mas ambos os casos são preocupantes e precisam de acompanhamento. Ou seja, a frequência com que a pessoa vai ao banheiro assim como o formato das fezes é um primeiro e importante indício para procurar um profissional. Assim, com a detecção precoce e o controle adequado das doenças inflamatórias intestinais é possível diagnosticar alguma doença, realizar o tratamento correto e principalmente, reduzir o risco de câncer colorretal” – alerta Nacif.
Entre as principais doenças inflamatórias intestinais, os sintomas mais comuns são: dor abdominal, diarreia, estufamento abdominal, distensão e cólicas. O tratamento envolve mudanças na dieta, manejo do estresse, medicamentos para alívio dos sintomas e em casos mais avançados, cirurgia para remoção das partes afetadas.
Esse grupo de doenças
inflamatórias, de caráter imunomediado, é uma condição complexa que pode afetar
todo o trato gastrointestinal, da boca ao ânus. “Estes processos inflamatórios
ao longo do trato digestivo são marcados pela resposta exagerada do organismo,
composta por diversas etapas e que merecem atenção do começo ao fim” – conclui.
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