A internet é a nova moeda dos
empreendedores e desenvolver um posicionamento admirável nas redes sociais
requer boas práticas para passar longe da cultura do cancelamentoPixabay
Seguir, curtir, engajar,
comprar. Esse é o movimento que tem levado tantos negócios ao ápice no varejo.
Centradas especialmente na geração Z, plataformas como o TikTok estão
determinando o que entra ou sai de moda. Não é exagero afirmar que essa rede
social está redefinindo os padrões de consumo no mundo.
Diante disso, está claro para
as empresas que ter presença nessa plataforma é determinante para estreitar o
relacionamento com os clientes e ampliar vendas. Mas mostrar as caras no TikTok
não basta, é preciso saber como usar corretamente a ferramenta.
O estudo The Social Media
Consumer Report, conduzido pela canadense Hootsuite, indica os acertos e os
erros das empresas nas redes sociais. Ele mostra, entre outras coisas, que o
caminho para construir bons relacionamentos permeia, especialmente, boas
práticas de relevância e significado.
Segundo Geana Barbosa, diretora
regional para América Latina e Caribe da Hootsuite, a pesquisa é um reflexo da
dinâmica e da complexidade das interações entre marcas e consumidores no
Instagram, Facebook, TikTok e demais mídias sociais.
Nas palavras de Geana, é
fundamental compreender as preferências e expectativas do público de interesse
para, a partir daí, construir estratégias eficazes de engajamento. "Os
resultados do estudo destacam a importância da autenticidade, da relevância e
do timing na comunicação das marcas nas plataformas digitais”, diz.
Comunicar de forma autêntica e
envolvente é crucial para 65% dos entrevistados, que indicam isso como
fator-chave para tornar a presença de uma marca nas mídias sociais mais
atraente. Além disso, postar conteúdo inspirador (57%) e ter um ponto de vista
convincente dentro da área de expertise (56%) são elementos determinantes para
atrair e reter a atenção dos consumidores.
Outra postura que ajuda na
construção de relações saudáveis com as pessoas é responder a perguntas e
comentários diretos em tempo adequado (53%). As pessoas também apreciam aqueles
que ensinam algo novo (56%), fazem rir (55%), provocam algum tipo de
sentimento, como emoção e surpresa, (36%) e que envolvem visualmente (36%).
Com tanta coisa acontecendo ao
mesmo tempo, a ideia de que se posicionar ou não é uma escolha pessoal cai por
terra. Há ocasiões em que as pessoas gostam e esperam que as marcas se
posicionem e participem de conversas, como em grandes eventos esportivos (55%),
momentos da cultura pop (47%), noticiário de impacto (45%) e momentos de
justiça social (43%).
Geana revela ainda que os
índices aumentam significativamente se restringirmos os respondentes para
compradores ativos. Eles esperam, sim, que suas marcas preferidas se manifestem
em momentos-chave.
Porém, fica um alerta: é
preciso fazer isso de uma maneira que seja não apenas verdadeira para
determinado momento das redes sociais, mas coerente com os valores e as
políticas da marca ou da empresa. Caso contrário, será visto como
"forçação de barra", sustenta a diretora.
O QUE DEVE
SER EVITADO
A pesquisa da empresa canadense
também destaca os cinco grandes pecados que as marcas podem cometer nas mídias
sociais e que, invariavelmente, acarretam opções punitivas, como ocultar
conteúdo - quando o usuário busca a opção de não mais ver o que a página
publica - ou ainda pior, o unfollow - quando a página perde seguidores.
O pior dos pecados que uma
empresa pode cometer nas redes sociais, segundo 76% dos entrevistados, é o
clickbait - uma prática usada para atrair tráfego por meio de títulos bem
atrativos, mas que não entregam nada do que prometem.
Os outros erros são: conteúdo
chato/entediante (68%), conteúdo repetitivo (68%), conteúdo sem autenticidade
(68%) e tentativa de alcançar métricas (63%).
“Existem justificativas
razoáveis para tais deslizes, porém, para não ceder às tentações e pressões de
trabalho, é fundamental definir o engajamento como métrica número um na
demonstração do ROI (retorno sobre o investimento) nas mídias sociais”, pondera
Geana.
O estudo traz ainda conclusões
importantes sobre como os diferentes tipos de exposição ao conteúdo da marca
nas mídias sociais afetam o comportamento de compra. Postagens pagas têm um
grande impacto em descoberta – 61% afirmam que já descobriram marcas, produtos
e serviços por meio de posts pagos.
Posts compartilhados levaram
82% das pessoas a considerarem uma compra pelo menos uma vez no último ano,
enquanto os orgânicos influenciaram 74% e os pagos, 67%.
Geana aponta que atualmente os
negócios dependem das conexões e interações para que a imagem da empresa seja
sacramentada nas mídias sociais. A reflexão a ser feita por empresários e
empreendedores, segundo a especialista, é a seguinte: quais laços poderiam se
formar com seus consumidores se, em vez de simplesmente tolerada, sua marca
fosse genuinamente apreciada nas redes sociais?
Mariana Missiaggia
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/como-destacar-a-sua-marca-no-tiktok-sem-forcar-a-barra
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