Menopausa é o nome que se dá à última menstruação. O corpo da mulher começa a se preparar para a menopausa entre os 45 e 55 anos. O climatério é conhecido como o período que antecede a menopausa, também chamado de transição menopausal. Passar por esse momento traz uma série de mudanças e adaptações ao corpo da mulher, que se traduzem em um conjunto de sintomas, de modo que identificar estas mudanças e se preparar torna-se fundamental para manter a qualidade de vida nesta nova fase. Porém, como identificar os primeiros sinais e sintomas se eles são tão diversos e podem se confundir com outras condições de saúde?
Mais de 80 sintomas associam-se ao climatério. Um
sintoma comum e clássico é o fogacho, também conhecido como onda de calor. Por
um desequilíbrio do centro de controle da temperatura, a mulher começa a sentir
um calorão repentino, geralmente no tórax e pescoço, fica vermelha, e com suor
excessivo. Outro sintoma comum é a mudança do padrão menstrual, geralmente mais
precoce, onde os cliclos tornam-se irregulares.
Com a queda progressiva dos
hormônios, começam a surgir sintomas mais vagos, que confundem-se com outras
condições médicas, mas é muito importante falar neles. Fisicamente, são
frequentes a sensação física de cansaço, a falta de energia e disposição, os
problemas do sono, como a dificuldade de dormir e insônia, o ressecamento da
pele e a flacidez. A saúde psicológica e cognitiva também sofre impacto. As
pessoas do convívio diário começam a notar uma piora da concentração e da
memória, e alterações do humor e irritabilidade. Em alguns casos, pode ser
notado um padrão mais depressivo. Junto com a falta de energia física, surge a
falta de vontade de fazer as coisas de que sempre gostou. Dentre todos estes
aspectos apontados, talvez o mais desafiador para a mulher, por constituir um
conjunto de alterações físicas e emocionais, e ainda por ser um tabu para muitas
mulheres, é a diminuição da qualidade de vida sexual. A queda dos hormônios
provoca o ressecamento e afinamento da parede vaginal, e a diminuição da
lubrificação. Como resultado, o ato sexual pode se tornar doloroso. O saldo
então é a diminuição do desejo sexual, falta de excitação, baixa autoestima e
até depressão.
Os sinais clínicos observados devem ser
confrontados com os exames laboratoriais para diagnosticar o climatério e
definir a melhor estratégia terapêutica. Os principais exames que mostram a
aproximação da menopausa é a dosagem do FSH (Hormônio Folículo Estimulante) e
do Estradiol. Conforme esta fase se aproxima os ovários se tornam menos
responsivos ao FSH, e seus níveis aumentam na tentativa de promover o
equilíbrio hormonal. Por isso, é fundamental que a mulher tenha o
acompanhamento adequado de profissional médico nesta fase para identificar esse
período e tratar os sintomas adequadamente.
Atualmente é reconhecido que a principal estratégia para aliviar os sintomas do climatério consiste na adoção de hábitos saudáveis aliados com a terapia de reposição hormonal. Uma alimentação saudável e a prática de atividade física regular, principalmente exercícios aeróbicos e de fortalecimento muscular, ajudam no controle de peso, diminuem as dores musculares e articulares, e melhoram o humor, a libido e as alterações vaginais. Estimular o cérebro em atividades de raciocínio ajuda a reduzir o risco de perda de memória durante a pós-menopausa.
A reposição hormonal visa equilibrar os níveis de hormônios
diminuídos nesse período, sendo o Estradiol e a Progesterona os
principais hormônios utilizados. De fato, a literatura científica tem
evidenciado diversos benefícios na saúde física, psicológica e sexual com a
reposição da Testosterona em mulheres que apresentam níveis baixos desse
hormônio. No Brasil a utilização dessas substâncias já está consolidada
nas formas de pílulas, géis, adesivos e injetáveis. Recentemente, muito se tem
discutido sobre a terapia hormonal com implantes subcutâneos que são aplicados
sob a pele da paciente. A forma de reposição via implantes subcutâneos tem se
demonstrado eficaz e segura, sendo utilizada há mais de 50 anos nos Estados
Unidos e Europa.
Por meio da via de aplicação característica dos
implantes subcutâneos, as substâncias são liberadas na corrente sanguínea de
forma gradual e controlada desde o momento da implantação, podendo manter a
terapia de reposição continuamente de 3 e 6 meses sem nenhuma intervenção
médica adicional. Dessa forma, os níveis hormonais podem ser mantidos dentro
dos limites fisiológicos, sem a variação da dose que ocorre quando se tem que
aplicar ou ingerir a substância de forma recorrente todos os dias. O principal
benefício desse efeito é a diminuição dos efeitos colaterais envolvidos com a
utilização dos hormônios, os quais ocorrem quando a dose passa do limite
costumeiramente reconhecido pelo organismo da mulher. A aplicação dos
implantes subcutâneos é um procedimento ambulatorial feito por profissionais
médicos treinados e capacitados para uma implantação segura. Após a aplicação,
não é necessário realizar a remoção dos implantes, pois eles são completamente
absorvidos pelo organismo. Converse com o seu médico sobre os prós e contras da
terapia com implantes subcutâneos e fique segura da melhor opção terapêutica
para o tratamento dos sintomas do climatério.
Preparar-se com antecedência é
a chave para evitar um choque quando a “mudança” começar. Permita-se
também fazer o melhor para o seu corpo, de forma proativa e realmente
fortalecedora!
Izabelle
Gindri - PhD, cofundadora e CEO da bio meds Brasil, fabricante de pellets
absorvíveis
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