Currículo
foi reformulado e novo componente para ampliar aprendizado de matemática é
oferecido para todos os estudantes do Ensino Médio e dos 8º e 9º anos do Ensino
Fundamental
Com a mudança da matriz curricular, a
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) incluiu aulas de
educação financeira no currículo das três séries do Ensino Médio e dos 8º e 9º
anos do Ensino Fundamental a partir deste ano. A proposta visa ampliar o
aprendizado de matemática e permitir aos estudantes construir uma relação
melhor com o dinheiro ao longo da vida.
Mais de um milhão de estudantes da rede
estadual têm acesso semanal às aulas, com material didático construído pela
Coordenadoria Pedagógica (Coped) da Educação de SP.
“O currículo de educação financeira
criado pela Secretaria permite que os jovens compreendam o valor do dinheiro,
desenvolvam hábitos saudáveis de consumo e poupança, e construam uma base
sólida para o futuro. Na vida adulta, essa base se traduz em maior segurança e
autonomia para lidar com diferentes situações financeiras, desde o planejamento
de metas de curto e longo prazo até a escolha de investimentos adequados ao
perfil de cada um”, diz o professor Rafael José Dombrauskas Polonio, técnico da
equipe curricular de matemática da Seduc-SP.
Investidor agora
Escolas que já trabalhavam o assunto
com seus estudantes nas aulas complementares do Programa de Ensino Integral
(PEI) têm colhido frutos das aulas de educação financeira e devem expandir os
ganhos pedagógicos com a nova matriz curricular.
Ex-estudante da Escola Estadual
Professor Josué Benedicto Mendes, de Osasco, o jovem Deivyd Barros de Sousa, de
18 anos de idade, reconhece os benefícios da educação financeira e comemora a
expansão do aprendizado para adolescentes de toda a rede.
Hoje, Deivyd é influenciador de
finanças com cerca de 100 mil seguidores em suas redes sociais, montou um
empresa com colegas da antiga escola e pretende manter as palestras sobre o
assunto para alunos da rede estadual, como fez até o fim de 2023, quando
concluiu a 3ª série do Ensino Médio. E tudo começou dentro de sala de aula. “O
canal Investeens não é apenas uma fonte de informações valiosas sobre finanças
para jovens, mas também um exemplo de como a educação financeira pode se tornar
acessível e relevante. Agora, mesmo formado, pretendo continuar acompanhando os
avanços dos meus colegas mais novos da escola”, afirma Deivyd.
Antes de concluir a trajetória na rede
estadual, Deivyd ainda conquistou, para seu histórico e de sua escola, a
medalha de bronze na Olimpíada Nacional de Investimentos (OBInvest),
normalmente dominada por estudantes de escolas particulares.
Moeda própria
Em São José do Rio Preto, a educação
financeira foi trabalhada nos últimos anos pela Escola Estadual Pio X, de
ensino integral, com objetivo de aumentar o
engajamento de pais e alunos no dia a dia da escola e desenvolver suas
competências socioemocionais. Atualmente, os alunos têm até uma moeda virtual
interna, a Pio Coins, e um sistema de recompensas com base no desempenho
escolar.
“Para mim, o projeto Pio Coins ajudou
muito. Consegui melhorar bem o meu comportamento e as minhas notas, pois quanto
menos faltas e menos advertências, mais Pio Coins eu ganho”, afirma Eduardo
Lopes, aluno do Ensino Médio. “A ideia é muito boa, pois estimula os alunos a
elevarem o nível do seu desempenho comportamental e educacional por meio de
recompensas”.
A diretora da unidade, professora
Sara Menezes Carvalho Alves, conta que desde o planejamento do ano letivo, a
equipe da escola trabalha para somar o conhecimento esperado na disciplina
implantada pela Seduc-SP com a experiência com a criação e uso da moeda
própria.
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