Muitos se perguntam se utilizar a IA para criação de conteúdo é algo ético. Enquanto isso, do outro lado, temos muitas empresas que adoraram a nova tecnologia e já deram sinal verde para a sua utilização, desde que seja para a criação de conteúdos de “qualidade”. O fato é que muito pode ser conquistado pelas marcas que investirem nessa ferramenta internamente, mas, ela precisa ser bem estruturada e manuseada pelos times, para que saibam como incorporá-la estrategicamente para seu bom desempenho.
Recentemente, um dos maiores exemplos vistos no
mercado de IA neste objetivo, foi o ChatGPT. Essa tecnologia teve o início de
seu desenvolvimento em 2018, sendo lançada para uso público geral no ano de
2022. A partir de sua chegada, houve um “boom” gigantesco em seu
reconhecimento, aparecendo em noticiários nacionais e aprofundando suas
capacidades de usabilidade no meio corporativo.
Além do chatGPT da OpenAI, hoje também temos o
BingChat e o Google Bard para trabalharem exclusivamente com textos, apesar
desses dois últimos ainda terem um reconhecimento relativamente pequeno dentro
da área inovadora que a OpenAI criou com seu software.
Quando implementadas, essas ferramentas são
fortemente benéficas em prol da otimização do tempo de criadores de conteúdo,
pois a ferramenta consegue, através de um comando, gerar textos totalmente
originais, mas baseados em informações que circulam na web, exigindo ao
“cocriador” apenas o trabalho de edição, análise do sentido geral do texto e
validação final no que se refere a palavras que podem estar erradas ou que a
parte humana da dupla pode querer alterar por algum motivo.
A popularização desses recursos foi tanta que,
segundo dados colhidos pela Semrush, houve um crescimento de 42119.2% no número
de acessos a essas funcionalidades em janeiro de 2023, quando comparado ao
mesmo período de 2022. Hoje, o Brasil é o 5º país que mais utilizou essa
tecnologia, isso apenas alguns meses depois de seu lançamento em 2022.
A partir dessa disseminação sobre a utilidade do
software, várias pessoas começaram a utilizá-la para a otimização de seus
trabalhos, sejam em roteiros para vídeos, conteúdos de blog ou pesquisas
gerais. Isso fez, inclusive, com que o Google adicionasse uma nova sigla para o
ranqueamento dos sites em sua página de resultados, incluindo um novo “E” e
transformando o EAT em EEAT, significando experiência, expertise, autoridade e
confiança.
Além disso, os buscados também anunciaram, em sua
última atualização de posicionamento, que “o uso apropriado de IA ou automação
não vai contra nossas diretrizes”. Nesse sentido, temos o sinal verde para
podermos utilizar a IA generativa nas estratégias organizacionais, desde que
seja direcionado ao modo a produzir, como último objetivo, conteúdo útil para
os usuários.
Mas, como uma IA iria apresentar experiências
próprias ao gerar textos de conteúdos de artigos ou blogs? Aqui vem a parte de
colaboração humana que o Google deseja. Uma forma de fazer isso seria
utilizando a IA para fornecer os blocos de conteúdo a serem utilizados e,
depois, lapidar aos poucos o texto gerado, adicionando as próprias experiências
e palavras ao conteúdo, de forma que resulte em um texto ainda mais útil para o
usuário.
Trabalhando dessa forma, temos uma otimização do
tempo do profissional responsável pela criação de conteúdo, o que resultaria,
consequentemente, em um maior número de trabalhos produzidos dentro do mesmo
período em que ele exerceria sua função anteriormente às mudanças que a nova
ferramenta trouxe – algo que origina um maior número de conteúdos de qualidade
para os usuários.
Não há dúvidas que o boom da IA chegou, apresentando um grande impacto para os criadores de conteúdo, tendo seu trabalho reconhecido até mesmo pelo Google como algo que pode ser de utilidade para todos. Hoje, há cerca de 14 meses desde seu lançamento público, podemos dizer que a IA, principalmente a generativa, chegou para ficar. Agora, resta a nós fazer o que nossa espécie sempre fez de melhor durante toda sua história: adaptar-se ao cenário em que estamos inseridos.
Renan Cardarello - CEO da iOBEE, Assessoria de Marketing Digital e Tecnologia.
iOBEE
https://iobee.com.br/
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