Alerta acontece na semana do Dia Mundial das Doenças Raras, data voltada para conscientização
De acordo com o
Ministério da Saúde, são consideradas doenças raras aquelas que afetam até 65
pessoas em cada 100 mil indivíduos. Em geral, são cerca de 6 a 8 mil
enfermidades crônicas, degenerativas e até incapacitantes que afetam
diretamente a qualidade devida dos pacientes e seus familiares.
É o caso, por
exemplo, de duas doenças neurológicas: Atrofia Muscular Espinal (AME), onde o
organismo deixa de produzir proteínas vitais aos neurônios motores, afetando
habilidades simples do cotidiano como respiração e locomoção; e a Distrofia
Muscular de Durchene (DMD), distúrbio neuromuscular genético ligado diretamente
ao cromossomo X.
“Ambas não têm
cura e são caracterizadas pela perda progressiva de funções importantes do
corpo. O diagnóstico de doenças raras costuma ser difícil e demorado. Por isso
é essencial buscar serviços com estrutura e profissionais capacitados”, explica
Felipe Franco, neurologista do Hospital São Luiz Campinas, da Rede D’Or.
Inaugurado em
maio de 2023, trata-se do maior hospital privado do interior paulista, com mais
de 40 especialidades e um moderno parque tecnológico. Seu setor de Neurologia
possui profissionais especializados nas diversas áreas da especialidade,
incluindo nas doenças neuromusculares, oferecendo a realização de todos os
exames para averiguação e enfrentamento dessas e de outras doenças raras.
Um importante
aliado no diagnóstico precoce da AME e de outras doenças raras é, por exemplo,
o Teste do Pezinho Ampliado, que capta por meio de amostras de sangue no
calcâneo do bebê indícios de diversas enfermidades antes mesmo dos
sintomas.
“A AME é a
principal causa de mortalidade genética neonatal. Ao não ser identificada, o
recém-nascido começa a ter perdas motoras progressivas e hipotonia, que é a
diminuição do tônus muscular, produzindo insuficiência respiratória. Nos
últimos anos houve um crescimento na atenção a ela através do incentivo a
exames pós-natais, que previnem um quadro agravado a ponto de a pessoa se
desenvolver normalmente”, analisa o Dr. Felipe Franco.
O médico alerta
ainda que a perda de marcos motores já alcançados pela criança deve sempre ser
investigada. “A descoberta e manejo precoces podem transformar a vida do
paciente, retardando o avanço e melhorando as condições de vida”, ressalta o
profissional do Hospital São Luiz Campinas.
O alerta
acontece na semana do Dia Mundial das Doenças Raras, celebrado sempre no último
dia de Fevereiro, que, neste ano bissexto, cai em 29.02, um dia também raro,
que ocorre a cada quatro anos.
Ainda de acordo
com o especialista, a evolução da medicina, com a descoberta de novos
medicamentos e terapias, também impacta positivamente.
“É o caso do
Delandistrogene Moxeparvovec, remédio aprovado em 2023 pelo FDA (Food and Drug
Administration, dos EUA) para pacientes com DMD, que atua na restituição da
produção proteica, ausente no músculo. Já para pacientes com AME, a Nusinersena
(Spinraza), registrada no Brasil em 2019, o Zolgensma e o Risdiplam são os
tratamentos regulados para controlá-la”, finaliza.
Distrofia
Muscular Duchenne
Abreviada em
DMD, essa condição neuromuscular genética evolui para um distúrbio degenerativo
irreversível no tecido articular. Apesar de genética, não é necessariamente
hereditária e sua causa está relacionada à mutação do gene DMD, atrelado ao
cromossomo X, afetando, por isso, apenas pacientes do sexo masculino ainda
durante a infância, numa razão de um em cada 3.500.
As maiores
características de seu escalonamento são panturrilhas aumentadas, fraqueza,
dificuldades de marcha, andar na ponta dos pés, uso frequente das mãos como
apoio e dilatação do coração. O diagnóstico acontece por meio de exames e
testes genéticos.
Atrofia
Muscular Espinhal
Conhecida pela sigla AME, a Atrofia Muscular Espinhal é degenerativa e incurável, interferindo na capacidade de o corpo produzir proteínas vitais aos neurônios motores, destruindo habilidades como respiração, sucção, gesticulação, movimentação, sustentação de cabeça, expressões faciais e locomoção.
A doença é hereditária e os sintomas aparecem de acordo com o nível de desgaste dos músculos. Varia do tipo 0, no período fetal, ao 4, quando o indivíduo está entre 20 e 30 anos de idade, impedindo a realização de atividades simples do cotidiano.
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