segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Cicatrização: conheça a sua importância para a saúde e o bem-estar

Alimentação, genética e cigarro são algumas das ameaças para uma boa cicatrização


A cicatrização é um fenômeno natural do corpo de reparar e regenerar tecidos danificados após a ocorrência de lesões, feridas e cirurgias, e está diretamente relacionada à saúde. Ela consiste em três estágios principais: inflamação, proliferação e remodelação. Durante a inflamação, o corpo limpa e protege a ferida contra infecções. Na fase de proliferação, as células produzem novas células para reparar o tecido danificado. Por fim, a remodelação reorganiza e fortalece o tecido.

 

“Embora muitos não saibam, a cicatrização desempenha papel crucial no funcionamento adequado dos órgãos e sistemas do corpo. Quando inadequada pode levar a complicações graves, como deformidades, dor e limitações na movimentação, piorando a qualidade de vida”, explica o cirurgião plástico Dr. Fernando Amato.

 

Dr. Amato, que é membro da Sociedade Brasileira de cirurgia Plástica (SBCP), apresenta pontos que merecem atenção para que a cicatrização ocorra sem intercorrências, não colocando em risco a cirurgia e – consequentemente a saúde do paciente.

 

Controle o Risco de Infecção


A infecção pode ser um grande obstáculo no caminho para uma cicatrização adequada, já que pode intensificar a inflamação e atrasar o processo. Portanto, é vital seguir rigorosamente as instruções pós-operatórias do cirurgião plástico.

 

Tensão na Cicatriz

Dr. Fernando conta que movimentos repetitivos ou atividades físicas intensas podem aumentar a tensão sobre a cicatriz, podendo deixá-las mais largas e elevadas. Por isso, é recomendado que respeitar o período de repouso adequado e seguir as diretrizes de atividade física pós-operatória.

 

Alimentação

Uma alimentação saudável e equilibrada é um dos pilares da recuperação. “Nutrientes como vitaminas C e E, zinco e proteínas são essenciais no processo de cicatrização saudável. Além disso, hidratar-se adequadamente contribui significativamente para a formação de colágeno e regeneração celular”, explica o cirurgião plástico.

 

Exposição ao Sol

A exposição ao sol pode resultar em hipopigmentação ou hiperpigmentação, tornando a cicatriz mais visível. Contudo, a proteção solar e a limitação da exposição direta são medidas imprescindíveis durante o período de cicatrização.

 

Cigarro

O tabagismo pode comprometer significativamente a circulação sanguínea, reduzindo o aporte de oxigênio aos tecidos, o que atrasa o processo e aumenta o risco de complicações pós-cirúrgicas. Portanto, é altamente recomendado parar de fumar antes da cirurgia e durante o período de recuperação. “Aproveite esse tempo longe do cigarro e tente não voltar a usá-lo, já que além de interferir na cicatrização, ele é responsável por desencadear diversas doenças, inclusive o câncer”, recomenda Dr. Amato.

 

Genética


Dr. Fernando Amato conta que a genética também desempenha papel importante no desenvolvimento da cicatriz, levando algumas pessoas a terem predisposição a cicatrizes hipertróficas ou queloides, exigindo cuidados pós-operatórios mais intensivos.

 

Dr.Fernando C. M. Amato – Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).
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