Apesar dos danos à
saúde, o conservante ainda é utilizado na indústria cosmética
Os parabenos, substâncias químicas utilizadas como
conservantes em cosméticos, materiais de limpeza, produtos farmacêuticos e até
mesmo em alimentos, têm sido alvo de preocupações crescentes em relação à
segurança e impacto na saúde, de acordo com a definição da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA).
Presentes em uma variedade de produtos cosméticos,
esses compostos têm sido associados a potenciais riscos à saúde a longo prazo.
A absorção cutânea dessas substâncias tem levantado preocupações, especialmente
devido à sua possível interferência no sistema endócrino, resultando em
desequilíbrios hormonais. A comunidade científica tem estudado os efeitos
desses conservantes e, embora não haja um consenso absoluto, a prudência deve
ser considerada em se tratando de produtos de uso diário.
À medida que a consciência sobre os rótulos e
compostos presentes em produtos de cuidado pessoal aumenta, a indústria
cosmética tem respondido com um movimento em direção a alternativas mais
seguras. Um exemplo é a Alergoshop, marca pioneira no desenvolvimento de
produtos hipoalergênicos no Brasil. Comprometida com a segurança do usuário, a
marca produz cosméticos livres de 95 substâncias nocivas à saúde humana.
“Essa iniciativa surgiu para atender à demanda
crescente de produtos destinados a pessoas com alergias e peles sensíveis no
Brasil. No entanto, a receptividade expressiva revelou que a conscientização
sobre rótulos e a busca por composições mais seguras tornaram-se uma prioridade
para o público em geral”, explica a bióloga e cofundadora da rede, Julinha
Lazaretti.
“Produzir itens livres de 95 substâncias nocivas à
saúde tornou-se uma necessidade urgente na indústria cosmética, especialmente
considerando o contato direto desses produtos com a pele. A pele, sendo o maior
órgão do corpo humano e atuando como uma barreira significativa, absorve
substâncias presentes em produtos aplicados sobre ela. Nesse contexto, a
qualidade dos ingredientes torna-se crucial”, completa a profissional.
Apesar dos crescentes alertas sobre os potenciais
perigos associados aos parabenos, diversas marcas continuam a incorporá-los em
seus produtos. O baixo curto do componente atua como fator impulsionador dessa
condição. O composto tem a capacidade de inibir o crescimento de bactérias,
fungos e outros microrganismos, preservando assim a integridade dos produtos ao
longo do tempo.
No entanto, a conscientização crescente sobre os
potenciais impactos na saúde a longo prazo tem instigado uma mudança no
cenário, levando marcas a buscarem alternativas mais seguras e inovadoras para
atender às crescentes demandas por produtos de cuidado pessoal.
Confira os principais danos associados aos
parabenos, reforçando a importância de atentar-se aos rótulos para evitá-los:
Desregulação hormonal
Um dos principais perigos dos parabenos é a sua
associação com desregulação hormonal. Esses compostos têm sido identificados
como disruptores endócrinos, interferindo no sistema hormonal e podendo levar a
desequilíbrios, especialmente no que diz respeito aos hormônios sexuais, como
estrogênio.
Acumulação no organismo
A capacidade dos parabenos de se acumularem no
organismo é motivo de preocupação. O uso contínuo de produtos contendo
parabenos pode resultar em sua acumulação nos tecidos do corpo, o que pode
contribuir para um aumento do risco de efeitos adversos à saúde a longo prazo.
Potencial impacto ambiental
Além dos riscos à saúde humana, os parabenos também
apresentam um potencial impacto ambiental. Quando esses conservantes são
lavados e entram na rede de esgoto, podem entrar nos ecossistemas aquáticos,
afetando organismos aquáticos e contribuindo para problemas ambientais, como a
degradação de corais marinhos.
Possui substitutos eficazes
Os parabenos encontram substitutos eficazes na
indústria cosmética, sendo o Ácido Benzóico e o Ácido Deidroacético dois
exemplos destacados. O Ácido Benzóico é reconhecido por suas propriedades
antimicrobianas, atuando como um conservante eficaz que inibe o crescimento de
bactérias e fungos nos produtos. Por outro lado, o Ácido Deidroacético é
conhecido por sua ação fungicida e bactericida, desempenhando um papel crucial
na preservação de cosméticos.
Essas alternativas evidenciam a diversidade de
opções disponíveis para a indústria, permitindo a criação de produtos seguros e
duradouros, sem a necessidade de recorrer aos parabenos.
Alergoshop
https://alergoshop.com.br/
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