A queima de fogos de artifício, marca registrada do Ano Novo, se transforma em pavor para cães e gatos. Essa é uma preocupação para os tutores de pets, visto que a prática comemorativa é prejudicial para a saúde dos animais, com reações variadas, que vão desde a aceleração dos batimentos cardíacos até crises de pânico. Apesar da legislação de cidades proibirem a comercialização e o uso de fogos de artifício com estampidos, não é incomum observarmos o uso destes.
Com os sentidos aguçados, o barulho dos fogos é
recebido de modo inesperado e muito mais alto para os pets, principalmente para
os cães. Para amenizar o pânico nesse período festivo, o professor de Medicina
Veterinária do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Bruno Alvarenga
recomenda algumas condutas preventivas.
Confira as dicas para proteger os animais dos sons dos fogos:
1. Ambiente confortável: criar um ambiente que
minimize o impacto dos fogos é fundamental. Isso pode incluir deixar a
televisão ou rádio ligados para competir com os estampidos;
2. Proteção auditiva: colocar um pouco de algodão
nos ouvidos dos animais pode ajudar a diminuir o som;
3. Acolhimento: manter os pets no colo ou abraçados
pode proporcionar uma sensação de segurança enquanto são acariciados;
4. Abrigo seguro: preparar um abrigo com toalhas ou
mantas no local em que o pet costuma se esconder pode ser reconfortante;
5. Espaço silencioso: colocar os animais em um
cômodo onde o som externo seja abafado, preparando um espaço acolchoado e onde
possam se esconder;
6. Procure um veterinário: consultar um médico
veterinário sobre a possibilidade de terapias ansiolíticas fitoterápicas ou
alopáticas pode ser útil para alguns animais.
Graves consequências
O veterinário do CEUB destaca que o medo e estresse
sonoro dos fogos podem resultar consequências que vão desde o óbito de aves e
animais cardiopatas, crises epilépticas, desequilíbrios em animais com
distúrbios comportamentais, a problemas gastrointestinais, como vômitos,
diarreia e perda de apetite, além da redução no consumo de água, podendo levar
a danos renais e infecções urinárias, e do comportamento de fuga. “Não há uma
conduta soberana para todos os indivíduos, podendo ser suficiente uma ou a
combinação das sugestões apresentadas. Cada animal se comporta de uma forma
quando exposto aos sons dos fogos, de acordo com histórico e condição médica
própria”, completa o especialista.
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