O Instituto Lado a Lado pela Vida alerta que a vacinação é a forma mais eficaz de reduzir o número de casos da doença no Brasil
O câncer por HPV (Papilomavírus Humano) é uma realidade enfrentada
pela população brasileira, principalmente pelas mulheres com câncer do colo de
útero. A organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que, anualmente, o carcinoma
é responsável pela morte de mais 9 mil mulheres nos país. Já o Ministério da
Saúde (MS) estima que entre 2023 e 2025 sejam diagnosticadas cerca de 17 mil
brasileiras com o tumor. Ainda segundo o MS, cerca de 10 milhões de pessoas
estão infectadas pelo vírus, no Brasil, e que o número de novos casos de
infecção chegue a 700 mil por ano.
Diante deste cenário, o Instituto Lado a Lado pela Vida busca alertar a população sobre a importância da vacinação contra o HPV como a maneira mais eficaz de reduzir o número de casos. Com a campanha “Câncer por HPV: o Brasil pode ficar sem”, criada em 2021, a organização busca incentivar a imunização em crianças e adolescentes para diminuir a incidência, por exemplo, do câncer de ânus, orofaringe e pênis.
A cobertura vacinal contra o HPV, no Brasil, tem apresentado queda
nos últimos anos. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2019, o percentual
das meninas entre 9 e 14 anos de idade que receberam a primeira dose da vacina
era de 87,08%. Em 2022, o registro foi de 75,81%. Já entre meninos, a cobertura
vacinal demonstrou baixa de quase 10%. O percentual foi de 61,55%, em 2019,
para 52,16%, em 2022.
“Com a iniciativa, buscamos alertar os adolescentes, igualmente
meninos e meninas, um público de baixa adesão vacinal, e seus familiares sobre
a necessidade da imunização, para que possamos reduzir drasticamente no Brasil
a incidência dos cânceres causados por HPV, em especial o câncer de colo do
útero. A ampla cobertura vacinal é fundamental para mudar o cenário da doença
no país”, destaca Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela
Vida e idealizadora da campanha.
A imunização contra o HPV faz parte do calendário oficial de
vacinação das crianças e adolescentes entre 9 e 14 anos. A aplicação é
realizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e está disponível nas
Unidades Básicas de Saúde. “A conscientização da importância da vacina contra o
HPV entre os brasileiros é a chave para resolvermos os cânceres e outras
doenças relacionadas a infecção. Os pais precisam levar seus filhos e filhas
para tomar as doses do imunizante para que ao longo prazo os problemas sejam
extinguidos no Brasil”, reforça Renato Kfouri, infectologista e membro do
Comitê Científico do Instituto Lado a Lado pela Vida. O especialista recomenda
a aplicação das duas doses do imunizante nos meninos e meninas dos 9 aos 14
anos de idade.
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