Especialista do Hospital Paulista fala sobre um
problema com causas multifatoriais que pode afetar pessoas em qualquer estágio
da vida
A halitose, comumente
conhecida como mau hálito, é uma preocupação persistente para muitas pessoas,
afetando não apenas a saúde bucal, mas também o bem-estar social. Dados da
Associação Brasileira de Halitose (ABHA) indicam que cerca de 30% da população
brasileira pode sofrer com o problema em algum momento da vida.
Segundo a otorrinolaringologista Ligia Maeda, especialista em halitose do
Hospital Paulista, as causas podem variar, desde problemas bucais, como má
higiene oral, cáries ou doenças gengivais, responsáveis pela maioria dos casos;
até condições como rinite, sinusite, amigdalite, infecções respiratórias ou
doenças do refluxo gastroesofágico.
Enquanto práticas de higiene bucal rigorosas, como escovação regular, uso do
fio dental e exames dentários, são essenciais no combate ao mau hálito,
“métodos paliativos”, como o uso de balas e gomas de mascar para amenizar o
odor e o incômodo causado pela halitose, são comuns entre as pessoas que
enfrentam o problema.
A fim de desmitificar o uso desses recursos no dia a dia e compreender se eles
realmente ajudam a combater o problema, a especialista no assunto esclarece
seus efeitos e consequências à saúde como um todo.
Dra. Ligia frisa que um importante fator determinante na escolha do produto
está em sua composição. “As bactérias presentes na boca se alimentam de
açúcares, produzindo ácidos que contribuem para cáries e odores desagradáveis.
Portanto, balas, pastilhas e gomas que contêm açúcar podem ser ainda mais
prejudiciais”, alerta.
A opção mais segura, portanto, está entre as variedades de chicletes sem
açúcar. De acordo com a especialista, a ação de mascar estimula a produção de
saliva, contribuindo para a eliminação de bactérias e neutralização de ácidos
na boca. Dessa foma, os chicletes sem açúcar podem atuar de forma positiva no
combate aos maus odores do hálito. Além disso, a mastigação atua mecanicamente
para desalojar partículas de alimentos e placa bacteriana, promovendo um hálito
mais limpo e fresco.
É crucial destacar que, embora os chicletes possam proporcionar alívio
temporário do mau hálito, eles não atuarão no combate às causas subjacentes do
problema. A otorrinolaringologista do Hospital Paulista explica que a halitose
persistente pode ser um indicativo de problemas mais profundos. “Recomendamos
sempre que a pessoa consulte um dentista ou profissional de saúde para um
diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.”
Dra. Ligia reforça que a colaboração entre dentistas e otorrinolaringologistas
é essencial em casos mais complexos e, portanto, seu acompanhamento é
fundamental.
Tratamento
Considerado um dos mais importantes centros de referência para o tratamento e
diagnóstico da halitose, o Hospital Paulista oferece soluções individualizadas
para tratar o mau hálito e direcionar os pacientes da melhor forma, de acordo
com cada causa. “Na maioria dos casos, o tratamento é contínuo e conta com
acompanhamento multidisciplinar”, reitera a médica.
Dra. Ligia explica que o mau hálito pode gerar um prejuízo psicossocial, que
interfere nas relações interpessoais, causando inúmeros problemas de
autoestima. Segundo ela, postergar o diagnóstico e tratamento pode ser ainda
mais prejudicial à saúde física e psicológica do indivíduo.
“A solução pode ser simples, por meio da higiene oral adequada, incluindo,
principalmente, a limpeza da língua, uso de fio dental e visitas regulares ao
dentista. Além dos hábitos de higiene, indicamos manter uma alimentação
saudável e balanceada, bem como uma hidratação correta ao longo do dia. Evitar
hábitos como o consumo de álcool e cigarro também é importante na prevenção”,
encerra a especialista.
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